No último dia 12 de abril, a Miriri Alimentos e Bioenergia S/A completou 46 anos de história. A companhia é uma das principais referências no segmento sucroenergético do Nordeste.
A empresa, situada na Região Metropolitana de João Pessoa – PB, foi fundada por José Ivanildo Cavalcanti de Morais, em 1976, e se destaca por transformar energia de biomassa renovável em desenvolvimento, priorizando uma gestão baseada em valores humanos e compromisso com a sustentabilidade.
Eficiência operacional, responsabilidade social e harmonia com a natureza são pilares deste grupo empresarial que tem um brilhante legado na produção de cana-de-açúcar e etanol.
Uma curiosidade sobre o grupo empresarial é que a Miriri foi a primeira do Nordeste a ter um projeto de destilaria autônoma pelo Proálcool (Programa Nacional do Álcool). A usina, que inicialmente começou com o álcool, ampliou seu mix de produtos e, atualmente, possui uma grade muito competitiva que contempla açúcar, etanol, bioeletricidade, destilados e outros.
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Em termos de produção de líquidos, a Miriri tem alta capacidade para a produção de etanol anidro e hidratado. “Podemos produzir 100% da nossa moagem pensando em 5.500 toneladas de cana/dia voltadas 100% para anidro. Quando a demanda não é para os dois produtos, tem a opção de álcool neutro, que é de 180 a 200 mil litros de álcool por dia”, conta o diretor-presidente do grupo, Gilvan Celso Cavalcanti de Morais Sobrinho, que também ressaltou que a empresa já fez uma operação de exportação de 35 milhões de litros de álcool neutro.
Morais Sobrinho iniciou o trabalho na empresa ainda aos 18 anos de idade. Desde então, se dedica ao crescimento da usina. Hoje, além das atividades de campo na produção de cana, o diretor-presidente discute e busca avanços da pesquisa e da tecnologia da produção sucroenergética na Miriri e também preside o Conselho Diretor do Sindalcool-PB.
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“É com muito orgulho que faço parte dessa equipe como gestor. Digo que quem tem um time como esse, não perde um jogo. Para desenvolver a Miriri, apostamos em novas tecnologias agrícolas, como o corte e plantio mecanizados, busca por novas variedades, confecção de barragens para garantir a segurança hídrica e também temos estudos desenvolvidos ao longo de 26 anos sobre a melhor forma de irrigar. Na parte administrativa, foram feitos vários processos de integralização que permitem a tomada de decisão baseada em dados consistentes. A grande inovação que posso destacar é a metodologia UGB, que mantém a essência da Miri na busca de receita por tonelada líquida baseada no que a gente tem de melhor: os valores humanos. Temos que valorizar quem está com a mão na massa”, disse.
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Da compra do pequeno engenho Nossa Senhora de Lourdes, em 1955, a Miriri cresceu e se consolidou, tornando-se uma empresa que atualmente possui 1.700 gestores, além dos acionistas.
“A Miriri tem se mantido aberta e disponível para discutir projetos de pesquisa e desenvolvimento e demonstra capacidade de resiliência, mesmo diante das mais difíceis situações de solo, clima e conjuntura econômica. Por estas razões, dezenas de teses de mestrado e doutorado tiveram como objeto de estudos temas relacionados com as suas atividades. A direção da Miriri e seus acionistas têm priorizado a perenidade da empresa ampliando os ganhos para as próximas gerações”, ressaltou o presidente-executivo do Sindalcool-PB, Edmundo Barbosa.