Usinas

Ministro do Meio Ambiente vê futuro dos transportes na combinação hidrogênio e etanol

Joaquim Leite também avalia o mercado de carbono como ferramenta para se pagar por serviços ambientais

Joaquim Leite
Joaquim Leite

Em participação na abertura da Bonsucro Global Week, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, destacou que o futuro da sustentabilidade do transporte pode estar na combinação do etanol e hidrogênio.

“Quero destacar que estive recentemente em Campinas, para acompanhar uma empresa que transforma etanol em hidrogênio, ajudando a descarbonizar a indústria brasileira, onde já se tem a aplicação de hidrogênio, substituindo o cinza, pelo verde, citando também a descarbonização nos transportes de veículos leves e pesados. E mais futuramente transformar o etanol e hidrogênio embarcado no veículo. O que dá uma grande margem de vantagem sobre o somente elétrico, pois já existe uma rede de distribuição de álcool por todo país”, destacou.

Leite lembrou ainda que o país bateu recorde de exportação do agronegócio. “E a cana de açúcar está dentro desses commodities. Também temos os recordes de energias renováveis, eólica, solar, biomassa, enfim, o setor é mais uma vez parte da solução.

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O ministro falou também sobre o mercado de carbono, como possibilidade dele se transformar numa ferramenta para se pagar por serviços ambientais. “Pagando para quem mantém estocado o crédito de carbono, não só aquele crédito certificado, como o crédito que tem nas reservas legais, e áreas de preservação permanente, que você conseguir abrir espaço, para que se consiga registrar o carbono da vegetação nativa, lembrando também do carbono fixado no solo, no processo produtivo”, afirmou.

A CEO da Bonsucro, Danielle Morley, disse que a instituição vem estudando junto ao Ministério do Meio Ambiente formas para levar esse processo adiante. “Estudamos juntos com o ministério do Meio Ambiente, procedimentos para o pagamento por serviços ambientais aqui no Brasil”, disse.

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“Atualmente nos temos 77 usinas certificadas no Brasil, que produzem 6 milhões de toneladas de açúcar certificado, equivalente a 14% da produção nacional, e estamos perseguindo a sustentabilidade. Os membros reconhecem que a certificação permite que produzam e vendam açúcar sustentável, mas também energia limpa, e outras soluções como: hidrogênio verde e biogás. Temos visto o aumento da exportação de etanol para União Europeia, onde a certificação vem sendo reconhecida”, informou Morley.

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