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Mercado livre de energia dá salto de crescimento em 2016

Mercado livre de energia dá salto de crescimento em 2016

Levantamento recém-divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) revela que no ano passado 2.303 empresas do país deixaram o mercado cativo de energia elétrica, ligado às concessionárias, e migraram para o chamado mercado livre.

Essa migração, conforme a CCEE, constata um aumento de 25 vezes no número de pedidos aprovados de adesão de consumidores para o mercado livre em 2016, quando comparado com a migração de 2015, que ficou em 93 empresas.

O salto de crescimento do mercado livre em 2016 foi impulsionado, segundo a CCEE, principalmente pela adesão dos consumidores especiais, ou seja, empresas cuja demanda fica entre 0,5 megawatts (MW) e 3 MW e que são obrigadas a adquirir energia de Pequenas Centrais Hidrelétricas ou de fontes incentivadas especiais (eólica, biomassa ou solar).

Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE explica, em relato para a imprensa, que um conjunto de fatores como o aumento da tarifa no mercado regulado, a simplificação da medição e a melhora na hidrologia, que impacta na queda do preço da energia no mercado livre, foi primordial para que as empresas tomassem a decisão de migrar para o mercado livre.

Fonte: CCEE

Expectativa para 2017

Segundo Altieri, o movimento de migração deva permanecer ao longo de 2017, mas numa intensidade menor à registrada no ano passado. “Temos ainda 1.121 processos de adesão abertos para migrar do [mercado cativo, ou ACR] para o [mercado livre, ou ACL], sendo 1.044 de consumidores especiais e 77 de consumidores livres”, afirma ele, no relato.

Em decorrência do grande número de adesões, o mercado livre ampliou sua representatividade no consumo total de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN).

Conforme a CCEE, em outubro de 2015, o ACL representava 23,3% do consumo no país, índice que teve aumento de 3,8 pontos percentuais. Atualmente, as empresas do mercado livre representam cerca de 27% do consumo.