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Mercado de fertilizantes: custos com importação sobem 130%

Segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), o Brasil importa cerca de 80% do volume que consome

Mercado de fertilizantes: custos com importação sobem 130%

Atualmente, o Brasil é o 4° maior consumidor global de fertilizantes, ficando atrás apenas da China, Índia e dos Estados Unidos. Do total consumido no mundo, nosso país tem uma participação de 8% na demanda por fertilizantes.

No entanto, o que tem preocupado muitos agentes do setor é a alta dependência brasileira pelas importações. Com um consumo de fertilizantes estimado em aproximadamente 42 milhões de toneladas, o Brasil importa 33, ou seja, cerca de 80% de todo o volume que consome, de acordo com a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).

Este cenário exige maior atenção na hora de planejar os custos e investimentos na lavoura, especialmente agora, diante do contexto geopolítico global. Nos 2 primeiros meses de 2022, as importações de fertilizantes caíram 8,2% no Brasil, para 5,2 milhões de toneladas; mas os custos cresceram 130%, com compras em 2,8 bilhões de dólares, segundo a Secretaria do Comércio Exterior (Secex).

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Manejo para aumentar a eficiência das aplicações. Isso pode ser feito com auxílio de tecnologias de aplicação, softwares de gestão, mapeamento de áreas ou até mesmo por meio da avaliação das necessidades de correção do solo e nutrição das plantas; Uso de insumos alternativos, como os orgânicos, os bioinsumos e outros; Cálculo diário dos custos de produção e acompanhamento constante do mercado; Comercialização antecipada de parte da produção, a fim de garantir o pagamento dos custos da lavoura; e adoção de práticas sustentáveis de manejo para melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo, como a rotação de culturas, adubação verde e o plantio direto, são algumas das medidas recomendadas por especialistas que podem ser adotadas pelos produtores.