A melhora nas condições climáticas amplia a estimativa de moagem da cana-de-açúcar. Segundo a JOB Economia, a previsão para a região Centro-Sul é que sejam processadas 566 milhões de toneladas de cana, contra os 558 milhões previstos em abril.
De acordo com a consultoria, o rendimento industrial deve se reduzir de 142,5 kg/tc para 139,7 e em termos de total de ATR (produtos finais açúcar e etanol) praticamente não houve mudança.
Para a região Norte/Nordeste o aumento previsto de cana a ser moída de é de 52 para 57 milhões de toneladas, volume próximo do recorde regional. A consultoria atribui a mudança graças às boas chuvas que ocorreram.
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No caso do açúcar a produção foi aumentada de 33,5 para 34,8 mi toneladas em relação à previsão de abril/22. E como consequência as exportações também subiram de (24,5 para 25,6 mi t).
“Esta preferência para o açúcar se deve basicamente por razões econômicas do momento: o açúcar dá lucro e o etanol, prejuízo”, avalia a consultoria.
A preferência pelo açúcar na região NNE também está sendo admitida na previsão.
O mix açucareiro aumentou nesta previsão de safra em relação à primeira revisão de abril/22. Passou de 44,1% para 46,1% no Centro-Sul. Como consequência, a estimativa de produção de etanol de cana se reduziu (26,1 para 25,0 bilhões de litros). A produção de etanol de milho foi mantida como na última previsão.
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O consumo de etanol combustível no mercado interno do Brasil tem ligeiro aumento sobre a safra passada e foi limitado até agora pelo tumulto tributário nos combustíveis líquidos do país.
Segundo a consultoria, “daqui para frente esperamos que o etanol se mostre competitivo na bomba frente a gasolina e aumente seu consumo.”