A importância do seguro rural de cana-de-açúcar para apoio aos produtores da cultura foi destacada em evento realizado na última sexta-feira (16). A reunião, denominada monitor do seguro rural, foi promovida pelo Ministério da Agricultura em parceria com associações do agronegócio.
De acordo com o órgão, neste ano, até o momento, na cultura da cana-de-açúcar, pouco mais de dois mil produtores adquiriram o serviço, com 2.941 mil apólices. No total, há 214 hectares segurados, em um valor de R$ 802 milhões. Deste total, R$ 6 milhões foram subvencionados pelo governo federal.
Considerando o seguro rural de todos os tipos de lavoura, na safra em curso, há 8,35 milhões de hectares segurados e um total de 127,1 mil apólices. Conforme o ministério, é o maior resultado desde a que a medição iniciou. O valor segurado chegou a R$ 27,4 bilhões, sendo R$ 580 milhões em subvenções.
Mas para os representantes do ministério presentes na reunião, o índice de uso do seguro rural para cana-de-açúcar ainda pode aumentar. “Peço que continuem levando esta ideia que é importante para dar garantia de continuação na produção e na renda”.
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Ênio Fernandes, da Confederação Nacional de Agricultura (CNA) também ressaltou a relevância deste suporte como forma de assegurar uma estabilidade aos produtores. Ele lembrou que essa garantia é ainda mais importante neste ano, quando considerados os impactos das queimadas.
“A produção tem inúmeros riscos. Mas temos que espalhar mais cultura do seguro rural. Produtor tenta ter previsibilidade de preço. Com a garantia de parte dos custos protegidos, não tem oscilações financeiras. E o Brasil é dependente do agro, especialmente do interior”, comentou.
De acordo com a Agência Brasil, o seguro é um valor pago pelo produtor a uma empresa, que cobre diferentes possibilidade de perdas na colheita. As seguradoras podem cobrir a diferença quando a produção é abaixo do esperado. O produtor contrata uma determinada cobertura, cuja produtividade é garantida pela seguradora. Outra modalidade é cobrir riscos de eventos inesperados, como incêndios na lavoura.
O Programa de Seguro Rural tem orçamento aprovado no Congresso. Para ter acesso, o produtor faz proposta junto a uma seguradora em um canal, que pode ser instituição financeira. A seguradora encaminha as propostas para o Ministério.
Preenchidos os requisitos a proposta é aceita e o pagamento é feito ao produtor. Podem acessar pessoas físicas e jurídicas adimplentes. Não pode ser beneficiário do programa Proagro. Outra exigência é que a seguradora seja habilitada pelo Mapa. No caso da cana-de-açúcar, a subvenção do governo federal é de 40% do valor segurado.