Usinas

Leilão de Energia Nova A-5 movimenta R$ 6,6 bilhões

Biomassas representaram 46,7 MW (8,3%) com 2 usinas, a Ute Nardini Aporé e a Lasa Lago Azul ambas com bagaço de cana

Leilão de Energia Nova A-5 movimenta R$ 6,6 bilhões

O Leilão de Energia Nova A-5 negociou R$ 6,6 bilhões em contratos de venda de energia e investimentos estimados em R$ 2,95 bilhões, cujo potencial de geração de empregos no período de implantação é de cerca de 20 mil postos de trabalho.

O leilão foi realizado, na sexta-feira (14/10), pelo Ministério de Minas e Energia (MME), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo -SP.

O certame celebrou a contratação de empreendimentos de fonte eólica, solar fotovoltaica e hidrelétrica na modalidade por quantidade, e empreendimentos termelétricos a biomassa e a partir de Resíduos Sólidos Urbanos na modalidade por disponibilidade, todos com início de suprimento previsto para o ano de 2027 e com prazos de suprimento entre 15 e 20 anos.

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O Leilão “A-5”, de 2022, assim como observado em anos recentes, caracterizou-se pela baixa demanda de energia elétrica por parte das distribuidoras de energia. Reflexo da modernização do setor elétrico e em linha com a proposta de abertura do mercado de energia e com a forte expansão da geração distribuída.

Por esse motivo, a contratação, além de atender a obrigação legal de destinar 50% da demanda para hidrelétricas até 50 MW, priorizou a contratação das fontes mais baratas e com maior oferta de empreendimentos, buscando maiores deságios e menores tarifas para o consumidor final.

Como resultado do Leilão “A-5”, foram negociados 176,8 MW médios de energia ao preço médio de R$ 237,48/MWh, com deságio médio de 26,38%, para início de fornecimento em 1º de janeiro de 2027, a partir de fonte hidrelétrica, eólica e solar fotovoltaica, biomassa e resíduos sólidos urbanos – todas fontes renováveis.

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O preço médio da contratação priorizada pelo MME, a partir das fontes eólica e solar, foi de cerca de R$ 173,00/MWh, cerca de 25% inferior ao preço médio dos contratos de energia elétrica (Pmix) das distribuidoras, na ordem de R$ 230,00 por MWh.

As biomassas representaram 46,7 MW (8,3%) com 2 usinas, sendo a Ute Nardini Aporé (GO) com 25 MW e a Lasa Lago Azul (GO) com 21,7 MW, ambas com bagaço de cana-de-açúcar, a um preço médio de R$ 211,70/MWh.

“A cogeração à biomassa tem papel fundamental na matriz elétrica brasileira por ser uma fonte resiliente, eficiente, competitiva e, sobretudo, renovável, além de contribuir para poupar 14 pontos percentuais do nível de água dos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO) em 2021”, afirma a Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen).