A Jalles Machado divulgou os resultados referentes ao ano safra 2021/22, onde os números apontam o melhor desempenho da história da companhia. Durante o ano/safra, foram processadas 5.357,4 mil toneladas de cana-de-açúcar, volume que superou em 1,2% o exercício anterior. A receita líquida somou R$ 1,45 bilhão em 2021/2022, 33,5% acima da obtida em 2020/2021.
A safra encerrada em 31 de março de 2022, apresentou uma evolução de 127,6% no lucro líquido, que saltou de R$ 170,4 milhões para R$ 387,9 milhões.
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“A nossa estratégia de ampliar os estoques visando nos beneficiar dos preços mais altos da entressafra se mostrou acertada, contribuindo para a boa performance operacional e o aumento da receita líquida. Outro aspecto importante foi a produtividade, visto que nossa região não sofreu no decorrer da safra com adversidades climáticas que provocaram quebra de safra em outras regiões do País (em média 13% na Safra do Centro Sul), além do fato de termos irrigação em 61% da nossa área produtiva”, destacou o relatório da companhia.
Com área colhida total de 57,4 mil hectares em 2021/22, a produtividade média foi ligeiramente inferior em relação à safra anterior, com o TCH atingindo 93,4 t/ha ante 95,6t/ha na safra 2020/21. O ATR na safra 2021/22 foi de 138,0 kg/t, em linha com o registrado no mesmo período da safra anterior, de 137,7 kg/t.
O volume recorde de moagem na safra 2021/22 combinado com o maior teor de açúcar da cana processada no decorrer do período, resultou em uma produção total de 739,5 mil toneladas de ATR (açúcar e etanol), volume 1,4% superior com o produzido na safra anterior, de 729,0 mil toneladas.
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Com o cenário de preços favoráveis e relativamente inalterados para o açúcar e para o etanol, a Jalles Machado manteve o mix de produção similar ao da safra anterior. No total da safra 2021/22, a Jalles Machado produziu 316,3 mil toneladas de açúcar, volume que foi 1,1% acima do registrado na safra anterior, com destaque para a produção de açúcar orgânico, que aumentou em 3,4%.
Comercialização
Foram comercializadas 664,1 mil toneladas ATR (açúcar e etanol, ou seja, sem considerar o ATR comercializado via Saneantes), volume 1,6% abaixo ao da safra anterior. O volume total de açúcar branco, orgânico e VHP faturado no decorrer do exercício foi de 297,9 mil toneladas, o que representa queda de 8,5% ante 2020/21, enquanto o volume total de etanol (hidratado, orgânico e anidro) apresentou acréscimo de 4,9%, somando 207,9 mil m3 na safra 2021/22.
No 4T22, o volume comercializado alcançou 170,8 mil toneladas, 11,0% menor do que no 4T21. Foram 69,0 mil m3 de etanol comercializados no 4T22 ante 75,2 mil m3 no 4T21, o que representa recuo de 8,2%. Já o volume de açúcar comercializado foi 19,0% menor no 4T22, atingindo 50,5 mil toneladas, com redução de 23,8% na venda de açúcar branco e de 4,3% em açúcar orgânico.
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A companhia comercializou 147,8 mil CBIOs no quarto trimestre da safra 2021/22, 4,0% a menos do que no 4T21, totalizando 332,5 mil CBIOs comercializados no ano safra 2021/22, incremento de 116,0% quando comparado com os 153,9 mil CBIOs comercializados no exercício anterior.
“Vislumbrando um cenário de melhores preços nos anos seguintes, devido ao aumento da meta das distribuidoras, a estratégia adotada tem sido a de manter parte dos CBIOs escriturados para venda futura, ainda que o preço tenha apresentado melhoras no último trimestre do exercício”, aponta o relatório da companhia.