O Brasil é o maior produtor e exportador de cana-de-açúcar do mundo, ocupando uma área de aproximadamente 10 milhões de hectares. Mas, o sucesso e insucesso na produtividade agrícola anual sempre esteve à mercê das chuvas e principalmente do déficit hídrico anual, chegando o fator clima representar 50% dos resultados.
Em anos como 2021, de grande escassez hídrica, estima-se quedas de produtividade de até 20%. Uma das formas de mitigar ou até mesmo diminuir a volatilidade da produção da matéria-prima para a indústria é o uso da irrigação.
A irrigação por gotejamento vem se destacando devido a grande eficiência na aplicação de água, possibilidade de se irrigar canaviais adultos, principalmente aqueles destinados a meio e final de safra, aplicação de fertilizantes e defensivos químicos e biológicos.
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A escolha de qual método de irrigação adotar ainda traz dúvidas para o setor. Para esclarecer essas questões, a Netafim, empresa criadora do sistema de gotejamento, junto à usinas e fornecedores parceiros, realizou um censo que analisou corte a corte a produtividade que os irrigantes por gotejamento podem atingir comparado à média da região.
Divididas em macros regiões, os dados de acréscimo de produtividade são apresentados em percentagem e divididos até o quinto corte, para efeitos comparativos nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e na região Nordeste.
Os resultados mostraram que, além de ser um investimento seguro para estabilização da produção, o gotejamento pode elevar a produtividade a valores excepcionais, além de propiciar vantagens como redução de custo de produção, diminuição no custo do CTT e do arrendamento de novas áreas.
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Dependendo da região os valores apontaram aumento de 45 a 98%. Dados médios da região centro sul demonstraram aumento de produtividade em até 78%, e na região nordeste 82%.