O Ministério do Comércio da Indonésia pretende fazer mudanças no setor açucareiro do país, no que se refere à cadeia de distribuição de açúcar, de acordo com notícia veiculada no Jakarta Post.
Dentro da cadeia de distribuição de açúcar refinado, distribuidores terceirizados tem deixado o preço final do adoçante muito alto, portanto a medida vai “empurrar” os preços para baixo no mercado nacional.
Atualmente, o açúcar é comercializado através de distribuidores e sub-distribuidores antes de atingir seus clientes industriais. Porta-voz do ministério garantiu que nova medida já entrará em vigor ainda este ano.
A Indonésia, o maior consumidor de açúcar no Sudeste Asiático, divide a indústria do açúcar em duas categorias: a indústria de açúcar branco nacional, que fornece açúcar para o consumo doméstico, enquanto a indústria de açúcar refinado, a partir de açúcar bruto importado, que só pode ser vendido para indústrias de alimentos e bebidas.
Este ano, o governo destinou uma cota de até 3 milhões de toneladas de açúcar bruto, que serve como o material de base para a indústria de refino. No entanto, ele reduziu a cota de 187 mil toneladas para punir as refinarias que contribuíram para o vazamento de açúcar refinado para o mercado consumidor comum no final do ano passado.
Com base em uma auditoria oficial do mercado de açúcar, cerca de 110.799 toneladas de açúcar refinado vazaram para o mercado consumidor, em 15 províncias, resultando em uma queda acentuada de preço do açúcar doméstico.
A partir de julho, os importadores tinham entregado 2,1 milhões de toneladas no país para 11 refinarias.
Ministério de Comércio emitiu novas licenças de importação para embarques de entrada de 502 mil toneladas de açúcar bruto, de um total de 635 mil toneladas planejadas, na quinta -feira passada.
No entanto, ele não especificou se as licenças para os restantes 133 mil toneladas seriam emitidas.
A Indonésia Refined Sugar Association já já se pronunciou ao Ministério da Indústria sobre o atraso na emissão de licenças, alegando que este fato poderia afetar seriamente a indústria de alimentos e bebidas e que as refinarias de açúcar têm visto seus estoques de açúcar bruto encolherem.
Além de tentar impedir que o açúcar refinado vaze para o mercado consumidor final, o Ministério de Comércio tinha parado de importar açúcar branco para manter os preços a um nível favorável para os agricultores e produtores indonésios.
O Ministério prometeu importar mais açúcar branco até ao final deste ano, além das 22 mil toneladas entregues pela empresa de logística estatal Bulog da Tailândia entre 1 de abril e 15 de maio, para atender às necessidades locais.