No ano passado, os produtores de açúcar no Paraná experimentaram um aumento significativo nas exportações, impulsionado pela colaboração da Índia. A redução na produção indiana levou o país a adquirir açúcar paranaense, marcando um retorno que não ocorria desde 2020.
Os destinos principais foram a Argélia, com 352 mil toneladas, e a Malásia, com 324 mil toneladas, conforme informações da Agência Estadual de Notícias do Paraná.
O Boletim de Conjuntura Agropecuária da semana de 26 de janeiro a 1º de fevereiro destacou o crescimento de 21% no valor das exportações de açúcar, apesar da diminuição de 3,7% no volume destinado ao exterior.
O relatório, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), com base no Agrostat do Ministério da Agricultura e Pecuária, analisou esse fenômeno.
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Em 2023, os produtores paranaenses exportaram 2,59 milhões de toneladas de açúcar, comparado a 2,69 milhões no ano anterior. A melhoria nos preços internacionais resultou em uma entrada de US$ 1,26 bilhão no Estado, em comparação com os US$ 1,04 bilhão de 2022. Além da queda na produção indiana, a aquisição de açúcar pelo país contribuiu para esse aumento, algo não observado desde 2020.
Embora as compras indianas tenham relevância, os principais destinos do açúcar paranaense permaneceram consistentes, com a Argélia importando 352 mil toneladas e a Malásia, 324 mil toneladas. A atração dos preços impulsionou o mix de produção para 46%, conforme indicado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar – Unica. Paralelamente, a safra de 35,2 milhões de toneladas de cana contribuiu para um crescimento de 12% na produção de etanol, atingindo 1,22 bilhão de litros em comparação aos 1,09 bilhão de litros de 2022.
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No setor de milho, o Paraná alcançou a melhor exportação na série histórica iniciada em 1997, atingindo 4,73 milhões de toneladas em 2023. Esse resultado superou o recorde anterior de 2019, quando foram vendidas 4,7 milhões de toneladas. O Brasil também registrou um recorde nacional, exportando 55,8 milhões de toneladas.
O clima favorável permitiu avanços significativos na colheita da soja na última semana, com mais de 400 mil hectares colhidos, alcançando 19% da área total estimada em 5,8 milhões de hectares. As chuvas contribuíram para estabilizar as perdas causadas pelas altas temperaturas.