Balanço de resultados do 2T24, aponta que a Jalles Machado, encerrou o segundo trimestre desta safra 2023/24, em setembro, com prejuízo líquido de R$ 47,6 milhões, ante lucro líquido de R$ 177,5 milhões no mesmo período do ciclo passado.
Na mesma base de comparação, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado caiu 34,3%, para R$ 305,7 milhões. A receita líquida, por sua vez, recuou 24,2%, para R$ 465,9 milhões.
No 2T24 a usina processou 3,2 milhões de toneladas de cana, 40,5% acima do mesmo período no ano passado, com 60,8% da matéria-prima destinada à produção de etanol. Apesar do mix ainda alto para o biocombustível, no comparativo anual, a fatia teve uma redução de 3,8 pontos percentuais. A produção de etanol caiu 3,1%, para 183,1 mil metros cúbicos, enquanto a de açúcar subiu 13,6%, para 190,5 mil toneladas.
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O etanol também apresentou resultados piores em função da estratégia da empresa, de estocar o maior volume possível para reforçar a comercialização na entressafra, quando os preços normalmente sobem. Da receita bruta trimestral total de R$ 539,3 milhões, as vendas no mercado doméstico de etanol, açúcar, saneantes, CBios (créditos de descarbonização) e leveduras representaram R$ 468,6 milhões.
“A paridade de etanol recuou no Brasil como um todo, fazendo com que nossa estratégia de estocar etanol fosse viável. Com as vendas no ritmo atual no mercado brasileiro, conseguiremos ter mais resultado nos próximos seis meses de safra”, afirmou a empresa.
Apesar disso, a Jalles Machado considera que a safra 2023/24 corre bem, sem sobra de cana para colher na temporada seguinte. “Para a próxima safra, temos um cenário bem doce, com mais açúcar no mix, e avançamos bastante na fixação de preços do produto”.
Em setembro, a Jalles anunciou a distribuição de RS 130 milhões em dividendos, e um aumento de capital privado no qual captou R$ 57 milhões.
