
Reportando R$ 66,3 bilhões em receita líquida, o que representa um salto de 72% em comparação com o primeiro trimestre da safra anterior (2021/22), a Raizen divulgou nesta sexta-feira (12), os resultados do primeiro trimestre da safra 2022/23.
O EBITDA ajustado da companhia chegou a R$ 3,7 bilhões, um crescimento de 55%. O lucro líquido ajustado alcançou R$ 1,1 bilhão e o fluxo de caixa livre foi negativo em R$2,5 bilhões, em função da estratégia da empresa em expandir seu negócio em açúcar, otimizando sua alocação de capital.
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No período, a Raízen atingiu um indicador de dívida líquida/EBITDA de 1,9x, contra 1,8x no 1T 2021/22, mantendo sua composição de endividamento equilibrada, inclusive com linhas de crédito vinculadas a metas ESG. O ROACE, principal métrica de avaliação do retorno do negócio, alcançou 15% no trimestre.
“Os resultados deste começo de ano-safra reforçam a visão de crescimento esperada para o ano e possibilitam continuar a planejar os investimentos futuros que irão acelerar os negócios, mantendo uma abordagem prudente sobre o balanço”, afirma a direção da companhia.
Renováveis & Açúcar

“A planta de Etanol de Segunda Geração (E2G) Costa Pinto atinge recorde de produção e a construção das novas unidades de E2G seguem em marcha. Neste aspecto, a Raízen celebrou acordo com a Embraer para desenvolvimento do SAF (Combustível de Aviação Sustentável), reforçando o posicionamento de líder e desenvolvedora do mercado de E2G”, informa a empresa.
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Já em energia elétrica, a Raízen já é uma das cinco maiores comercializadoras do Brasil, com um volume total comercializado de 2,7 GWh, alavancando soluções de energia limpa e renovável para seus clientes, contemplando energia solar e pequenas centrais hidrelétricas, dentre outros.

O documento ressalta ainda que a Raízen também celebrou contrato de longo prazo para a criação da primeira cadeia global de fornecimento de açúcar bruto 100% rastreável, produzido a partir de cana-de-açúcar “non-GMO”, com diferenciação e maior valor agregado.
Operação Agroindustrial
Com o início do período de moagem mais tardio nesta safra, o ATR produzido (em açúcar equivalente) foi de 3.105 toneladas (-20%), em razão da menor moagem e ATR da cana. Já o TCH ficou em linha com o mesmo período do ano passado.
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A performance da cana de primeiro corte segue em nível superior à média do Centro-Sul (10% versus 6%). O custo caixa (+27%) foi impactado pela menor diluição dos custos fixos, devido à menor moagem de cana-de-açúcar e pela inflação nos custos gerais, insumos agrícolas, diesel e matéria-prima.
A empresa afirma ainda que tem investido fortemente em excelência operacional, com a implantação do Sistema de Excelência Raízen (SER+), que já está implantado em 23 parques de Bioenergia, com mais de 10.000 ideias e projetos gerados, concretizando a estratégia de otimizar processos, reduzir desperdícios e fortalecer a cultura de segurança.
Marketing & Serviços

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Em governança corporativa, a Raízen realizou a implementação de um Conselho Fiscal composto por profissionais renomados do mercado e aprovou um novo Programa de Recompra de Ações. Também conquistou o selo Great Place to Work, em sua primeira participação, posicionando-se como uma das três melhores empresas para se trabalhar no setor de agronegócios.