A Avapco, subsidiária da GranBio nos Estados Unidos, foi selecionada pelo programa norte-americano SAF Grand Challenge Roadmap e receberá US$ 80 milhões em subsídios para construir uma planta de demonstração de bioquerosene de aviação (SAF).
Segundo a GranBio, além dos recursos provenientes do governo estadunidense, será necessário a injeção de capital próprio e de investidores com interesse em participar no projeto, totalizando US$ 200 milhões. A previsão da companhia é que a unidade produza 1,5 milhão de galões de SAF ao ano.
A empresa já aposta no biocombustível há sete anos, quando fez o primeiro pedido de apoio ao governo dos EUA. Agora, a tecnologia já foi provada em uma planta piloto, e o plano é que a nova unidade prove que a cadeia produtiva é viável.
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A unidade terá capacidade para produzir 8 milhões de litros de SAF ao ano, além de nafta verde e diesel verde. Caso a planta de demonstração se mostre viável, a GranBio partirá para uma planta comercial, que pode ter capacidade anual de 400 milhões de litros.
Citando o levantamento do Our World in Data, a GranBio aponta que a aviação comercial é responsável por aproximadamente 2,5% das emissões globais de CO2. A estimativa é que, sem a transição para um combustível mais limpo no setor, a aviação civil corresponderia a 22% das emissões em 2050.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) projeta, no entanto, uma produção de biocombustíveis para aviação (SAF) de 30 bilhões de litros em 2023, com a expectativa de que esse número salte para 450 bilhões de litros em 2050.