O Governo federal realiza em 19/11 o chamado Leilão A-1. O objetivo é comprar inclusive energia elétrica de termelétricas a biomassa da cana-de-açúcar para garantir a oferta e atender ao mercado consumidor.
O engenheiro Humberto Vaz Russi, que tem blog no Portal JornalCana, comenta a estratégia desse Leilão para as usinas de cana do setor sucroenergético.
Como será esse Leilão A1?
Humberto Vaz Russi – Será realizado em 19/11 e, com ele, o governo busca energia elétrica disponível para entrega a partir da 01 de janeiro de 2016
Como serão os contratos de venda?
Humberto Vaz Russi – Serão contratos de 3 e de 5 anos para as termelétricas a biomassa, e contratos de 3 anos para as demais fontes
Leia mais: Quer vender eletricidade existente da biomassa?
Qual o objetivo da compra de eletricidade por esse leilão?
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Humberto Vaz Russi – Suprir um déficit atual que na semana entre 13 e 18 de setembro chegou a 15.327 megawatts médios (MWM) por Geração térmica
O que representa esse déficit?
Humberto Vaz Russi – 25% da carga total prevista no período
Há como prever o mercado de energia elétrica no próximo ano?
Humberto Vaz Russi – O mercado de energia para 2016 sinaliza [nestes dias] um aumento nos preços ofertados e há uma expectativa da retomada dos percentuais de crescimentos de energia elétrica consumidas, que nos meses atuais tem sofrido retrações em segmentos como o residencial, o que antes não havia ocorrido.
Clique aqui e confira o blog do engenheiro Humberto Vaz Russi
Significa que a cogeração de eletricidade pela biomassa da cana irá aumentar?
Humberto Vaz Russi – [As usinas de cana-de-açúcar que cogeram eletricidade excedente da biomassa da cana seguem] afetadas por falta de recursos, linhas de crédito incentivadas, preços de energia compatíveis com a fonte e entraves técnicos e burocráticos para as conexões, por total falta de planejamento, de estrutura dos sistemas de transmissão e de distribuição do atual sistema elétrico nacional. A biomassa advinda da cana de açúcar (bagaço e palha), que hoje corresponde a 7,2 % da Matriz Energética Nacional, com seus 10.500 MW atuais, poderia com seus greenfields e retrofits acrescer cargas elétricas significativas e impactantes nas reduções da atual Geração Térmica e reduções nos custos mensais nas energias elétricas consumidas atualmente praticadas aos consumidores.
