As projeções de moagem de cana-de-açúcar feitas pelo governo federal costumam gerar polêmica no setor sucroenergético.
Geralmente as previsões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), contêm volumes de moagem superiores aos praticados por consultorias e instituições do setor, o que impacta inclusive no mercado.
As previsões da empresa do governo federal superam as de consultorias e de instituições do setor sucroenergético porque levam em conta a oferta de cana-de-açúcar empregada para outros fins, como alimentação animal e para viveiros.
No último levantamento da safra 2016/17 divulgado pela Conab, em agosto último, a moagem da safra em andamento era prevista em 687,777 milhões de toneladas de cana.
Esse montante era 2,9% acima da safra 15/16 e, segundo a Conab, era suficiente para uma produção de 39,96 milhões de toneladas de açúcar (19,3% acima da safra anterior) e no mínimo 27,5 bilhões de litros de etanol, queda de 9,7% ante a temporada 15/16.
Agentes do mercado estão na expectativa pela nova projeção da Conab. A empresa já avisou que a divulgação de seu terceiro levantamento da safra de cana 16/17 será realizada em 20/12, a partir das 9h, em Brasília.
Certamente quando a Conab apresentar sua nova projeção, a moagem nas usinas da região Centro-Sul do país já estará encerrada. Já as unidades produtoras das regiões Norte e Nordeste seguirão em safra até meados de março próximo.