Uma comitiva da Cooperativa de Fornecedores de Cana de PE (Coaf) visita, nesta sexta-feira (2), mais outro município do Meio São Francisco baiano ao lado do vice-governador da Bahia, João Leão.
Responsável pela reativação da usina Cruangi desde 2015, na Zona da Mata Norte, em Pernambuco, a Coaf foi convidada para conhecer os benefícios topográficos e hídricos da área para o desenvolvimento dos canaviais, bem como as vantagens fiscais estaduais arrojadas em comparação a qualquer outro estado do Nordeste.
Alexandre Andrade Lima e Rodrigo Borba, respectivamente presidente e vice-presidente da Coaf conheceram os canaviais irrigados na cidade de Ibotirama, acompanhados dos empresários pernambucanos Sergio e Felipe Paranhos, que investem em uma usina no local.
Ao lado do vice-governador, verificaram as terras planas e farta disponibilidade de água devido à oferta do Rio São Francisco e do Rio Grande, condição diferente da Mata Norte de PE, com relevo acidentado e disponibilidade hídrica irregular, além de recorrentes secas.
O vice-governador reforçou a oferta da garantia da aplicação de leis fiscais arrojadas da Bahia para a Coaf, caso aceite o seu convite para instalar uma usina no local.
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A cooperativa analisará o convite junto à sua diretoria e 800 agricultores cooperados. João Leão revelou a sua grande admiração e entusiasmo com o que a cooperativa vem fazendo em Pernambuco ao reabrir uma usina, promovendo o desenvolvimento socioeconômico.
A Coaf gera 4,5 mil empregos diretos, milhões de reais em ICMS com a produção de etanol para o seu estado e movimenta toda a economia da região. Nesta safra, deve faturar R$ 220 milhões.
Enquanto isso, a CooafSul, outra cooperativa pernambucana, trava uma batalha judicial contra o governo de PE para poder continuar gerando os 2,7 mil empregos depois que reativou a usina Estreliana em Ribeirão/PE nesta safra.
“O governador Paulo Câmara, depois de sancionar em 2015 leis fiscais favoráveis à reabertura de usinas por agricultores, decidiu agora dificultá-las, legislando como quer, ao negar os 18,5% de crédito presumido no ICMS da produção de etanol”, critica Andrade Lima.