A produção de cana-de-açúcar em Goiás alcançará 77,3 milhões de toneladas na safra 2020/2021, um crescimento de 2,7% em relação à temporada anterior.
Com esse volume de produção de cana, o Estado deve responder por 12% da produção nacional e manter a segunda posição no ranking brasileiro, atrás apenas de São Paulo. Os dados são do 2º Levantamento da Safra 2020/2021 de Cana-de-açúcar da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A área destinada aos canaviais neste ciclo também deve crescer, com estimativa de 965,9 mil hectares, sendo 2,4% maior que a observada na safra passada. Em relação ao destino dessa cana, 26,2% são para a produção de açúcar (na safra anterior o número era de 17,3%) e 73,8% para a produção de etanol (safra passada foi de 82,7%).
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Com isso, a expectativa é que Goiás seja responsável por 6,96% da produção nacional de açúcar, ocupando a terceira posição no ranking brasileiro, com produção de 2,7 milhões de toneladas, um crescimento de 53,6%.
Enquanto a produção de etanol, a previsão é de 17% da produção nacional, sendo segundo lugar no ranking, com mais de 4,7 bilhões de litros na atual safra.
Segundo o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, a evolução do setor sucroenergético na atual temporada, em comparação com a anterior, é reflexo de fatores como incentivos ao setor no Estado, boas condições climáticas em Goiás – até o momento -, e investimentos realizados nas unidades de produção.
“São questões que contribuem para que o nosso Estado consiga ampliar área plantada, produção e produtividade nesta safra que está em desenvolvimento”.
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Lima Neto destaca ainda a ligeira mudança no perfil do destino da produção de cana. “Fatores climáticos interferiram em países da Ásia, que são grandes produtores de açúcar, e isso refletiu por aqui, já que houve maior procura pelo açúcar brasileiro e goiano. Com isso, aumentou a demanda pelo produto nacional. A tendência é que as unidades locais vão aproveitar mais a cana para a fabricação de açúcar. Por isso o salto previsto de 17,3% na safra passada para 26,2% na atual”, enfatiza.