
A trading suíça Glencore caminha para se tornar gigante do setor sucroenergético. Hoje a Glencane, empresa da Glencore que controla duas unidades no interior paulista, tem capacidade de moagem de 4,950 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.
Mas caso a trading negocie a incorporação das oito unidades sucroenergéticas da Bunge, a capacidade de processamento saltará para 26 milhões de toneladas de cana por safra.
Com as 26 milhões de toneladas, a Glencore passaria a ocupar a quarta posição no ranking de maiores grupos sucroenergéticos do Brasil. Só perderia para a Raízen, Biosev e Odebrecht. E passaria à frente da Tereos, que tem capacidade de processar 19,6 milhões de toneladas, conforme a plataforma de dados do setor Infocana.
Ranking das players em moagem:
Negociação
Em maio último, a mídia internacional divulgou que a Glencore estaria em negociações com a americana Bunge.
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Em 23/05, Charles Watenphul, da área de Mídia da Glencore, divulgou nota na qual confirma que a Glencore Agriculture Limited (GAL) “fez abordagem informal para a Bunge Limited quanto a uma possível combinação de negócios consensual.”
A GAL é uma joint venture agrícola não consolidada da Glencore.
Conforme a nota assinada por Watenphul, por se tratar de uma abordagem informal da GAL, “as discussões podem ou não se materializar e não há certeza de que qualquer transação ocorrerá.”
Estrutura
Atualmente, a Glencane, braço sucroenergético da Glencore no Brasil, controla duas unidades produtoras no estado de São Paulo: a Rio Vermelho, no município de Junqueirópolis, e a unidade adquirida no fim de 2016 da Unialco localizada em Guararapes.
Neste ano, circularam informações de que a Glencore também estaria negociando a aquisição da unidade Alcídia, hoje controlada pela Odebrecht Agroindustrial. A trading, entretanto, negou as negociações.