De acordo com informações publicadas no Jornal Valor Econômico, o estudo para o aumento percentual de etanol anidro na gasolina, realizado pelo Cenpes — Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras, já foi concluído e os testes mostraram que os motores dos automóveis movidos a gasolina suportariam a nova composição sem perda de eficiência. A notícia diz ainda que em meados de novembro o anúncio sobre a viabilidade técnica será feito. “Já sabemos que o aumento da mistura não é maléfico aos motores do ponto de vista de carburação e não aumenta a emissão de gases poluentes. Os resultados do estudo foram positivos”, reportou uma fonte ao Valor.
Depois da aprovação do Senado para o aumento percentual de etanol anidro na gasolina, a ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis autorizou, em 11 de setembro, a Petrobras Distribuidora a comercializar combustível com 27,5 % de etanol anidro na gasolina para realização de testes de avaliação. Já em 25 de setembro, a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que autoriza a mudança desde que constatada sua viabilidade técnica.
A medida é considerada fundamental para amenizar a crise que afeta as usinas e para que seja implementada, de fato, é necessária a aprovação do CNPE — Conselho Nacional de Política Energética, que assessora a Presidência da República.
Estima-se que o aumento da mistura de anidro, um dos produtos com melhor remuneração nas usinas, na gasolina de 25% para 27,5% será capaz de ampliar em 10% o consumo anual do biocombustível, que hoje é de cerca de 13 bilhões de litros. Atualmente, a Lei 8.723/1993 permite ao governo pode elevar o percentual de mistura do etanol anidro até o limite de 25%, ou reduzi-lo até 18%.