A FS deve inaugurar a segunda fase de sua planta de etanol de milho, em Sorriso (MT), em março deste ano. A unidade já está em funcionamento desde fevereiro de 2020, quando foi concluída a primeira fase.
A capacidade total atual de 530 milhões de litros de etanol/ano será elevada para 850 milhões de litros de etanol/ano com a finalização das obras. Além disso, poderá produzir até 23 mil toneladas de óleo de milho, gerar cerca de 170 mil megawatts de energia elétrica e produzir até 720 mil toneladas de DDGs (Dried Distillers Grains) usados na nutrição animal.
A usina aumentará também a capacidade de armazenagem com a conclusão de uma terceira unidade armazenadora, passando a ter capacidade total de estocar até 600 mil toneladas de milho. Primeira usina de etanol do Brasil a utilizar milho em 100% da produção, a FS já tem uma unidade, em Lucas do Rio Verde (MT). Inaugurada em 2017, a planta tem capacidade de produzir cerca de 530 milhões de litros de etanol/ano.
A companhia segue com o cronograma para a construção de mais quatro unidades. Quando concluídas, as cinco usinas somarão capacidade produtiva de 2,6 bilhões de litros de etanol ao ano, alçando a FS a uma das três maiores empresas de etanol do país. “O plano de expansão da FS, com as cidades anunciadas anteriormente – Primavera do Leste, Campo Novo do Parecis, Querência e Nova Mutum – segue em andamento. Todos os terrenos já foram adquiridos e os projetos foram licenciados junto à agência ambiental estadual”, afirmou a empresa a o JornalCana.
Para dar seguimento aos projetos, a empresa tem buscado recursos no mercado. Em 15 de dezembro de 2020, fez a captura de U$ 550 milhões em emissões de Títulos Verdes, aderindo aos Princípios de Green Bonds, segundo a avaliação da SITAWI. Foi a primeira emissão da empresa no mercado internacional e atraiu US$ 1 bilhão e investimentos estrangeiros.
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Em janeiro, a FS realizou a captação complementar com a emissão de mais US$ 50 milhões. As novas notas foram oferecidas como uma emissão adicional aos títulos verdes captados em dezembro, que serão consolidadas, e formarão uma única série com o valor principal agregado, elevando o total para US$ 600 milhões. A oferta, coordenada pelo Morgan Stanley, teve demanda de quase seis vezes o valor pretendido, superando as expectativas mais uma vez.
“A nossa primeira emissão internacional foi muito bem sucedida e, por isso, decidimos realizar essa reabertura, que foi novamente bem aceita pelos investidores, reforçando a confiança do mercado nos resultados das nossas operações”, afirma o CEO da FS, Rafael Abud.
Os títulos foram precificados acima do par e tem vencimento em 5 anos da data da emissão original. “Isso é reflexo da melhor percepção de crédito da FS no mercado, além da melhora do cenário macroeconômico global. Precificamos a reabertura do bond em U$ 106,50, que implicou em um yield de cerca de 8%, versus os 10% da primeira emissão”, completa Abud.
A empresa captou ainda R$ 530 milhões em emissões verdes no Brasil junto ao Santander e Credit Suisse, com a emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), no valor de R$ 210 milhões, pelo Credit Suisse, em fevereiro de 2020. Depois, em junho, a FS realizou a emissão de R$ 140 milhões em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), também com o Credit Suisse, e, por último, um empréstimo bilateral com o Santander no valor de R$ 180 milhões. Essas duas últimas, possuem juros atrelados a metas sustentáveis, modelo pioneiro no Brasil, que estão sendo trabalhadas pela empresa.