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Fornecedores de cana da Raízen têm apoio gratuito da SOS Mata Atlântica para aderir ao Programa de Regularização Ambiental

Objetivo do PRA é promover recuperação de APPs e áreas de reserva legal em propriedades particulares

Fornecedores de cana da Raízen têm apoio gratuito da SOS Mata Atlântica para aderir ao Programa de Regularização Ambiental

Vai até 31 de dezembro o prazo para produtores rurais no estado de São Paulo aderirem ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), voltado para recomposição de áreas de Preservação Permanente (APPs) e de reserva legal.

Parceiros e fornecedores de cana-de-açúcar da Raízen, com propriedades nos municípios que compõem as bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), podem solicitar apoio gratuito da Fundação SOS Mata Atlântica para atender essa exigência legal, prevista na legislação estadual e no Código Florestal.

O suporte inclui auxílio técnico, mudas, mão-de-obra para plantio e monitoramento das áreas em recuperação, por um período de oito anos.

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O atendimento aos fornecedores de cana da Raízen é feito por meio da Oferta Integrada junto aos Programas Elos e Jornada Cultivar, que disponibiliza a esses parceiros as melhores soluções em toda a sua jornada de negócios.

Podem solicitar apoio para atendimento ao PRA produtores rurais que não tenham assinado Termo de Compromisso (TC) para recuperação de áreas degradas.

O primeiro passo para aderir ao PRA é elaborar um Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas e Alteradas (PRADA), que pode ser feito com auxílio da Fundação SOS Mata Atlântica.

Esse documento deve ser apresentado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, com quem o produtor rural assume o compromisso de completar, em até dez anos, a recuperação das áreas identificadas no PRADA.

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Ricardo Berni

Mudas de árvores nativas, mão de obra e o acompanhamento da área em recuperação, durante oito anos, são fornecidos gratuitamente. O primeiro plantio feito por meio dessa parceria da Raízen com a SOS Mata Atlântica ocorreu no início de novembro, em uma área de 12 hectares de uma fazenda arrendada pela Raízen em Piracicaba – SP.

O proprietário, Pedro Vicente Ometto Maurano, aprovou a parceria: “o custo-benefício é excelente. Estou cumprindo uma obrigação sem ter que fazer um desembolso”. “Estou muito entusiasmado. O nível do projeto é muito bom. Todos ganham: o produtor, a Raízen e o país”, avalia.

“Estamos prontos para oferecer esse importante suporte aos nossos parceiros e fornecedores de cana-de-açúcar. Atraímos uma organização que tem sólida experiência em processos de restauração florestal. Fornecedores da região da bacia do PCJ que aderirem a essa iniciativa, por meio da Oferta Integrada da Raízen, receberão, de forma gratuita, todo o apoio necessário para cumprimento dos compromissos assumidos no PRA, e ainda terão o acompanhamento da SOS Mata Atlântica durante oito anos”, ressalta Ricardo Berni, diretor de Agronegócios da Raízen.

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Rafael Bitante Fernandes

“Por meio dessa parceria, proprietários rurais podem ter as Áreas de Preservação Permanente e/ou Reserva Legal todas restauradas, sem nenhum custo, ficando em dia com o Código Florestal. E estas áreas, por sua vez, acabam contribuindo com uma série de benefícios ecossistêmicos, protegendo a água, neutralizando carbono e formando corredores e refúgios importantes para fauna, pois garantimos a entrega de uma floresta jovem e funcional, tudo isso verificado e acompanhado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb)”, diz Rafael Bitante Fernandes, gerente de restauração florestal da SOS Mata Atlântica.

Na visão de Olavo Garrido, diretor de Finanças e Mobilização de Recursos da Fundação, a parceria da SOS Mata Atlântica e Raízen demonstra que meio ambiente e agronegócio não precisam estar em lados opostos. “Juntas, a ONG e a Raízen mostram que a área ambiental e o agro são partes integrantes de uma mesma cadeia de valor e que são mais fortes trabalhando em conjunto. Para benefício de toda a população e em prol de um meio ambiente mais equilibrado é assim que devem ser”, afirma Garrido.