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Fornecedor decide ação contra calote de usina de cana

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Fornecedores de cana-de-açúcar de Pernambuco denunciam atraso no recebimento da matéria-prima do açúcar e do etanol entregue na safra 2014/15 para usina sucroenergética localizada na Mata Norte do Estado. 

Segundo a Associação dos Fornecedores de Cana do Estado de Pernambuco (AFCP), cerca de 100 ex-fornecedores de cana-de-açúcar da Usina Santa Teresa, cujo nome oficial é Companhia Agro-Industrial de Goiana (CAIG), ainda não receberam por parte da matéria-prima entregue no ciclo 14/15.

Conforme a AFCP, o débito atualizado chega a R$ 1,4 milhão.

Segundo a Associação, a Usina Santa Teresa decidiu não receber a cana dos produtores na safra em andamento, a 15/16, devido ao passivo estimado em R$ 9 milhões, dos quais a maior parte teria sido quitada ao longo do ano passado.

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A companhia sucroenergética, informa a AFCP, teria informado aos órgãos de classe dos produtores de cana não ter mais como pagar o restante da dívida.

O Portal JornalCana tenta contato com a Usina Teresa para checar como a companhia pretende dar andamento ao caso.

Diante a situação, a AFCP e o Sindicato dos Cultivadores de Cana de Pernambuco (Sindicape) organizam nesta segunda-feira (18/01), na sede da Associação, no Recife, com a presença dos ex-fornecedores. O objetivo é chegar a ações diante a posição da unidade industrial.

Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP afirma: “a usina Santa Teresa não pode simplesmente dizer que não tem mais como pagar esta dívida, seja qual for o motivo, sobretudo, como bem sabemos, quando já se lucrou com a cana fornecida pelos produtores através da fabricação de açúcar e/ou etanol no referido período.”

Saiba mais sobre a Usina Santa Teresa: 

A Usina Santa Teresa, cujo nome oficial é Companhia Agro-Industrial de Goiana (CAIG), está localizada no município de Goiana (PE), produz açúcar e etanol e está filiada ao sindicato da indústria do açúcar e álcool de Pernambuco (Sindcaçúcar-PE).

A companhia foi fundada no ano de 1910 pelo coronel Francisco Vellozo de Albuquerque Melo, junto com João Joaquim de Mello Filho e José Henrique Cézar de Albuquerque. A empresa conta hoje com uma produção estimada em 1.800.000 sacos de açúcar refinado granulado.

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