O Índice de Confiança Empresarial (ICE), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 9,8 pontos de abril para maio deste ano. Com isso, o indicador chegou a 65,5 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, recuperando 24% da queda ocorrida no bimestre março-abril devido à pandemia. O ICE consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
O índice que retrata a situação corrente dos negócios subiu 2,5 pontos em maio, para 63,9 pontos, recuperando 8% das perdas do bimestre março-abril. O Índice de Expectativas (IE-E) teve uma alta maior, de 11,5 pontos, para 63 pontos, recuperando 23% da queda no mesmo período.
“O nível da confiança empresarial em maio é ainda tão baixo em termos históricos que fica difícil fugir à leitura de que a alta no mês consistiu em uma acomodação após o baque do bimestre março-abril. O alívio veio pelo lado das expectativas, que passam a sinalizar meses menos piores à frente. Ainda que a tendência de alta se mantenha, com o ambiente de negócios distante da normalidade e a incerteza econômica persistentemente elevada, os indicadores de confiança tendem a continuar baixos por algum tempo”, afirma o pesquisador da FGV, Aloisio Campelo Jr.
A confiança de todos os setores integrantes do ICE subiu em maio: indústria (3,2 pontos), serviços (9,4 pontos), comércio (6,2 pontos) e construção (3 pontos). A confiança aumentou em 38 dos 49 segmentos integrantes do ICE em maio, após recuar em todos os segmentos no mês anterior.