Gestão após gestão, os presidenciáveis apresentam planos de mudança para a logística nacional. Em 2012, por exemplo, a presidente Dilma Rousseff liberou um aporte de R$ 133 bilhões para o Programa de Investimentos em Logística, que não trouxe os benefícios esperados até o momento. “O país ficou muitos anos sem investimentos adequados e levará algum tempo até que os atuais planos governamentais produzam os resultados esperados. Ainda vamos ficar certo período recuperando o tempo perdido, até que se consiga uma infraestrutura que facilite o transporte”, afirma Daniel Furlan Amaral, gerente de economia da Abiove – Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais.
No Nordeste do Brasil a situação não é diferente das demais regiões. Por lá, além dos problemas ocasionados pela estiagem, os produtores de cana-de-açúcar precisam driblar a ausência de um modal eficiente. “Um dos principais gargalos do setor sucroenergético é a falta de processos logísticos que contemple todas as etapas da produção. Estou falando de um projeto que vá desde o plantio até o consumidor final. Existem prejuízos consideráveis ocasionados pela falta de integração entre essas etapas”, explica Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar de Pernambuco.
Para o representante, que recentemente assumiu a vice-presidência do Fórum Nacional Sucroenergético, todos os anúncios feitos até hoje foram de medidas que amenizam os problemas, em vez de resolvê-los. “É importante pensamos em obras estruturantes e não nas mesmas medidas paliativas que levam a ineficiência e soluções de continuidade na celeridade das exportações”.