As exportações do agronegócio foram de US$ 10,10 bilhões em setembro, atingindo o recorde da série histórica no mês. O valor foi 21% superior exportado em setembro de 2020. O complexo soja e as carnes foram destaques nas exportações do mês, registrando aumento de US$ 1,91 bilhão no valor exportado.
Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a alta deve-se à forte elevação das cotações internacionais dos produtos do agronegócio exportados pelo Brasil (+27,6). A quantidade de produtos exportados teve redução de 5,1%, comparado a setembro de 2020.
Apesar do recorde nas exportações do agronegócio em setembro, a participação do setor na balança comercial caiu de 45,8% em setembro de 2020 para 41,6% em setembro de 2021. O resultado é explicado pelo forte crescimento das exportações dos demais produtos na balança comercial brasileira (+43,5%), que também observaram elevação dos valores exportados pelo crescimento dos preços internacionais de commodities.
LEIA MAIS >Relatório da Aliança Agroeconômica aponta recorde de exportações
As importações de produtos do agronegócio alcançaram US$ 1,25 bilhão em setembro de 2021 (+19,2%). Estes valores também foram impactados pela alta dos preços médios de diversos produtos, como nos casos do trigo (+24,7%) e óleo de palma (+77,7%).
O principal setor exportador do agronegócio brasileiro foi o complexo soja, responsável por quase um terço do valor exportado no mês. As exportações do setor tiveram aumento de 50%, subindo de subiram de US$ 2,13 bilhões em setembro de 2020, para US$ 3,19 bilhões em setembro de 2021. A forte demanda chinesa pela soja brasileira foi responsável pelo recorde de embarque do mês de setembro.
LEIA MAIS > Alta no custo da produção preocupa produtores de cana de Campo Florido
O complexo sucroenergético ficou na quarta posição entre os setores exportadores do agronegócio, com US$ 964,99 milhões em vendas externas (-10,1%). Principal produto, o açúcar foi responsável por 87,0% das exportações do setor.
Em setembro, o volume exportado de açúcar caiu de 3,39 milhões em 2020 para 2,54 milhões em 2021 (-24,9%). A principal razão foi a queda da produção doméstica do alimento em função da redução de área plantada (-4,3%) e da produtividade menor relacionada às intempéries climáticas que ocorreram em 2021 (secas e geadas). Tal situação poderá reduzir a produção para 36,9 milhões de toneladas na safra 2021/2022, equivalente a uma diminuição de 4,35 milhões de toneladas em valores absolutos.
LEIA MAIS > Leilão da Usina Bioenergia do Brasil acontecerá no dia 18 de novembro
.Mesmo com a elevação do preço médio de exportação em 17,4%, o valor exportado diminuiu para US$ 839,18 (-11,8%). A preocupação com a redução da produção no Brasil devido à questão climática, maior exportador mundial de açúcar, continuou a impulsionar o aumento dos preços mundiais da commodity. O Brasil exportou açúcar para mais de 100 países em setembro de 2021. O principal destino foi a China que respondeu por 423,59 mil toneladas (16,7% do total), US$ 137,10 milhões (-18,6%).