
O agronegócio no Estado de São Paulo registrou, nos sete primeiros meses de 2023, um aumento de 5,4% nas exportações em comparação a igual período do ano anterior, alcançando US$ 15,15 bilhões, e de 2,7%, ou US$ 3 bilhões nas importações.
O saldo da balança comercial paulista do setor foi positivo em US$ 12,15 bilhões, 6% superior em relação a 2022. A participação das exportações do agronegócio no total do Estado é de 38,6%, enquanto o desempenho das importações setoriais é de 7,1%.
Para todos os setores da economia do comércio exterior paulista, as exportações totais somaram US$ 39,27 bilhões (20,2% de participação do total nacional), e as importações, US$ 42,23 bilhões (30%), no acumulado de janeiro a julho de 2023.
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Em relação ao mesmo período de 2022, houve aumento nas exportações de 1,9% e queda nas importações (7,3%). Esses números foram revelados pelos pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), órgão ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Para o agronegócio, as exportações setoriais de São Paulo, entre os meses de janeiro a julho de 2023, representaram 15,6% em relação ao agronegócio brasileiro, alta de 0,2 p.p. ante ao mesmo período de 2022; já as importações tiveram aumento (0,5 p.p.), passando de 30,4% para 30,9%.
A participação de São Paulo no agronegócio nacional nos sete meses de 2023 se destacou nos seguintes grupos de produtos, cujos a valores ultrapassam 50% do total nacional: sucos (83,4%), produtos alimentícios diversos (74,6%), plantas vivas e produtos de floricultura (66,4%), demais produtos de origem vegetal (64,3%) e complexo sucroalcooleiro (63,5%).
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Nos sete primeiros meses de 2023, os cinco principais grupos exportados pelo agronegócio paulista foram o complexo sucroalcooleiro (US$ 4,85 bilhões, sendo que desse total, o açúcar representou 87%); complexo soja US$ 2,76 bilhões, tendo em grão 85,6% de participação); carnes (US$ 1,74 bilhão, no qual a bovina respondeu por 80,6%); produtos florestais (US$ 1,58 bilhão, com participações de 51,5% de celulose e 40,6% de papel) e sucos (US$ 1,11 bilhão, dos quais 97,2% referentes a de laranja).
No fechamento da pesquisa até julho, foi observada variação nas exportações com aumento dos grupos sucroalcooleiro 24,6%, de sucos 14,2% e florestais 2,5%. Nesse período houve queda em carnes (-23,6%), café (-10,7%) e complexo soja (-3,9%). Essas oscilações ocorreram de preços como de volumes exportados.
Exportações
O grupo sucroalcooleiro é o que apresenta a maior participação (32%) nas exportações do agro paulista, subindo 24,6% em valores e 4,5% em volumes negociados. Em termos de participação em valores, os destinos dos produtos desse setor são bem diversificados: Nigéria (7,6%), Marrocos (6,6%), Bangladesh e Argélia (6,2%, cada um), China (6,1%), União Europeia (6%), Índia e Arábia Saudita (5,6%, cada um) e Coreia do Sul (5,3%); os demais países (44,8%).
Já o complexo soja vem em segundo lugar, com crescimento nos embarques (7,6%) e queda em valores (-3,9%), comparados ao mesmo período de 2022. A China (68,1%) é o principal destino, seguida de Tailândia (5,8%), Irã (5%) e Indonésia e Argentina (3,6%, cada um); os demais importadores somam 13,9%.
Importações
Os principais produtos da pauta de importação do agronegócio paulista no acumulado de janeiro a julho de 2023 foram: papel (US$ 227,91 milhões), salmões (US$ 225,37 milhões) e trigo (US$ 203,48 milhões). Os dez principais produtos representam 44,5% (US$ 1,34 bilhão) do total importado (US$ 3 bilhões).
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A balança comercial brasileira registrou superavit de US$ 53,55 bilhões de janeiro a julho de 2023, com exportações de US$ 194,20 bilhões e importações de US$ 140,65 bilhões. Esse resultado apresenta aumento de 35,2% no superavit em relação ao mesmo período de 2022, quando alcançou US$ 39,61 bilhões.
Na análise setorial, as exportações do agro do país no acumulado de janeiro a julho de 2023 apresentaram aumento (3,9%) em relação a igual período de 2022, alcançando US$ 97,12 bilhões (50% do total nacional). Já as importações aumentaram em 1,1% no período, registrando US$ 9,71 bilhões (6,9% do total nacional).
O superavit do agronegócio foi de US$ 87,41 bilhões no período, sendo 4,2% superior na comparação com o acumulado do período de janeiro a julho de 2022.
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Os cinco principais grupos do agro brasileiro no período analisado foram: complexo soja (US$ 46,78 bilhões, com 48,2% de participação no agro), carnes (US$ 13,62 bilhões), produtos florestais (US$ 8,8 bilhões), grupo sucroalcooleiro (US$ 7,65 bilhões) e cereais, farinhas e preparações (US$ 5,83 bilhões, 6%). Esses cinco grupos agregados representaram 85,2% das vendas externas setoriais brasileiras.
Com relação a valores, ocorreram variações nos principais produtos do agronegócio brasileiro, com destaque positivo ao sucroalcooleiro (36%), cereais, farinhas e preparações (35,3%) e complexo soja (6,8%), enquanto os grupos produtos florestais (-9%) e carnes (-6,5%) apresentaram redução. Essas oscilações são tanto de preços como de volumes exportados.