O ritmo forte de embarques do setor sucroenergético impulsionou as exportações brasileiras do agronegócio em setembro. As vendas externas do setor subiram 89,8%, elevando as vendas setor para US$ 1,14 bilhão.
As exportações de açúcar de cana em bruto mais que dobraram, passando de US$ 420,36 milhões (setembro/2019) para US$ 888,38 milhões, alta de 111,3%.
Os maiores importadores de açúcar brasileiro foram China (US$ 159,90 milhões; +230,3%), Índia (US$ 73,76 milhões; +474,0%), Bangladesh (US$ 72,02 milhões; +207,4%), Indonésia (de US$ 0 em setembro de 2019 para US$ 64,10 milhões em setembro de 2020).
De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a queda da produção de açúcar na Índia e na Tailândia nesta safra de 2020 permitiu o aumento das exportações brasileiras. Ainda no setor sucroenergético, as exportações de etanol também subiram, passando de US$ 112,19 milhões para US$ 124,38 milhões (+10,9%).
O total de vendas do setor ao exterior em setembro somou US$ 8,56 bilhões, 4,8% mais que no mesmo mês do ano passado. A participação do agronegócio nas exportações totais do Brasil era de 40,2%, em setembro de 2019 subiu para 46,3% em setembro deste ano.
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As importações de produtos do agronegócio em setembro ficaram praticamente iguais às de setembro de 2019, com registros de US$ 1,05 bilhão (0,3%). Desta forma, o saldo da balança comercial contabilizou US$ 7,5 bilhões.
Os embarques do complexo soja arrefeceram, tendo incremento de 3,5%, atingindo US$ 2,22 bilhões. A quantidade exportada de soja em grão foi de 4,47 milhões de toneladas (-2,9%), o equivalente a US$ 1,63 bilhões. Depois de sucessivos recordes nas quantidades exportada de soja em grão nos últimos meses, houve queda na quantidade exportada em setembro. Essa queda já reflete a redução dos estoques do grão no país. Ainda no setor, as exportações de farelo de soja foram de US$ 549,90 milhões (21,7%) e óleo de soja atingiram de US$ 27,77 bilhões (-48,3%).
Outro produto de destaque nas vendas externas brasileiras foi a carne suína, que subiu 34,3%, passando de US$ 139,36 milhões (setembro/2019) para US$ 187,18 milhões, em setembro deste ano. As exportações de carne suína in natura para a China cresceram de US$ 65,99 milhões (setembro/2019) para US$ 103,04 milhões (+56,1%).
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A China permanece como principal destino dos embarques dos produtos do agronegócio brasileiro, com 27,5% em setembro deste ano, totalizando US$ 2,56 bilhões. Em segundo lugar, os Estados Unidos importaram US$ 658 milhões, com participação de 7,7% dos produtos brasileiros no mês pesquisado. Já os Países Baixos seguem em terceiro lugar, com US$ 341,8 milhões e com 4% de participação.
Entre janeiro e setembro de 2020 as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 77,89 bilhões, o que representou crescimento de 7,5% em relação ao mesmo período em 2019. As importações do setor alcançaram US$ 9,18 bilhões, ou seja, 10,7% inferiores ao ano anterior.
Esta matéria faz parte da edição de outubro do JornalCana.
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