As exportações de etanol para a Europa devem bater recorde este ano, com a comercialização de 600 milhões de litros do biocombustível. Segundo análise da S&P Global Commodity Insights, os produtores encontram no exterior um mercado mais favorável que as vendas no interno.
Além disso, o preço do combustível E10 (gasolina com 10% de etanol) comparado com o preço mais alto da gasolina na bomba levou ao aumento da demanda este ano nos principais países consumidores, como Alemanha, Reino Unido e Suécia.
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Segundo relatório da S&P, o último recorde registrado pelo Brasil nas exportações para o continente foi em 2010, quando o país comercializou 477 milhões de litros. Neste ano, as exportações acumuladas para a Europa entre janeiro e agosto totalizaram 427 milhões de litros, volume 435% maior que o do mesmo período de 2021. Só em agosto, foram enviados 119 milhões de litros, o maior resultado mensal em 2022.
A agência avalia que esse crescimento, registrado desde junho, é uma resposta do setor sucroenergético à redução dos impostos sobre os combustíveis e à queda dos preços domésticos do etanol, à medida que o biocombustível recua para acompanhar também as reduções da gasolina, feitas pela Petrobras.
Segundo a S&P, no entanto, a previsão pode esbarrar em dificuldades de armazenamento do etanol no centro comercial Amsterdã-Roterdã-Antuérpia