“Nós estamos vivendo o melhor momento do reconhecimento do mercado de energia renovável brasileiro. Não tem maior sinalização de que o etanol é o futuro. Todas as linhas e rotas novas estão sinalizando que o biocombustível é a forma mais fácil de fazer hidrogênio verde, é o SAF, combustível marítimo. É como se tivesse uma bandeira dizendo “por favor produzam etanol“.
A afirmação foi feita pelo diretor da DATAGRO, Guilherme Nastari, durante participação no painel “Safra Brasil 2023/24 e perspectivas para 2024/25”, na segunda-feira (23), primeiro dia da 23ª edição da Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol.
Segundo Nastari, trata-se de um período novo. “E esse momento nós estamos vivenciando agora, recente, nos últimos 50 anos, nós estamos no início desta jornada”, disse.
“As pessoas devem consumir não apenas pelo fator preço, mas sim por que faz bem”, completou afirmou o diretor da DATAGRO.
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Para ele, o Brasil vai transferir muito desta experiência para países que precisam dela. “A gente fala muito do E e esquece o S (referindo-se a sigla ESG). Um dos maiores ativos do setor sucroenergético é o S. A gente desenvolve região, que estava esquecida. Então para os produtores que estão vivendo momentaneamente esses surtos de alegria e tristeza, no mercado brasileiro, a perspectiva da DATAGRO é que isso tende a diminuir ao longo do tempo”, avalia Nastari.
Para ele, o setor vai criar mercado para esse cliente. “Nós vamos criar mercado para esse cliente. O que a gente precisa é cuidar desse cliente aqui no Brasil. Ele precisa entender que é melhor usar etanol do que gasolina, não só pelo atributo de preço. Ele precisa entender que é melhor, porque a gente gasta menos com saúde nos grandes centros, que ele deixa o céu de São Paulo azul. Só que ainda a gente não remunera esses atributos. Mas vai. Nós vamos remunerar. A turma vai comprar etanol igual compra tomate orgânico, por que faz bem”, vaticinou Nastari.