As negociações salariais entre Sindicato Nacional da Indústria de Máquinas (SINDIMAQ ) e a Federação dos Metalúrgicos da Força Sindical definiram que o reajuste salarial terá como base o INPC.
“O índice acumulado do INPC em setembro é de 10,78%, portanto deve chegar a 11% ou mais (é o de outubro que será aplicado para a folha de novembro)”, explicou o advogado João dos Reis, ao detalhar a associados do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE Br) e CIESP Sertãozinho, o andamento das negociações, durante live promovida pela entidade.
“Ao contrário do ano passado, quando houve o parcelamento do reajuste em duas vezes, a federação e sindicato dos trabalhadores não aceitaram essa possibilidade para o aumento deste ano, que deve ser aplicado em novembro deste ano, data base da categoria. As empresas que optarem pela concessão do reajuste em janeiro de 2022, deverão conceder um abono salarial de 26% dividido em duas vezes, sendo 13% em novembro e 13% em dezembro”, afirmou.
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Os pisos salariais também sofreram um reajuste, mas não irão acompanhar o INPC. “Geralmente os pisos são reajustados pelo mesmo índice de salários, entretanto este ano terão um reajuste menor. Serão reajustados em 6%, independentemente do número de colaboradores da empresa”, informou João dos Reis.
Os valores ficaram assim definidos:
Até 100 funcionários = R $ 1.696,82
De 101 a 350 = R $ 1.844,34
Acima de 350 = R $ 2.121,01
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“Há quase 30 anos não tínhamos índices tão altos. A indústria já vem sendo afetada e penalizada pelo aumento desenfreado da matéria-prima, principalmente do aço e da borracha, e ainda assim, devemos suportar essa majoração, que entendemos legítima para nossos colaboradores. Nossa expectativa é que o governo atue com agilidade para estabilizar a economia para que tenhamos condições de promover uma retomada de produção condizente”, conclui Luís Carlos Júnior Jorge, presidente do CEISE Br.