A Tocantins Bioenergia apresentou, na quarta-feira (1), ao governador de Tocantis, Wanderlei Barbosa, o projeto de implantação de uma planta de etanol de milho no município de Miranorte – TO.
A nova unidade terá capacidade para processar 500 mil toneladas de milho por ano.
A previsão de investimento é de R$ 1,1 bilhão e o empreendimento deverá gerar mais de 500 empregos na região.
LEIA MAIS > Por que a Tereos aposta no biogás para produção de energia elétrica?
Fruto de uma parceria entre a AGROJEM, acionistas da ACP Bioenergia e Czarnikow, a usina de etanol será estratégica para o desenvolvimento da indústria no Tocantins por meio da produção de etanol e óleo de milho.
Também será produzido grão seco de destilaria (DDG), utilizado na alimentação animal.
Todos os processos ambientais e de engenharia do projeto industrial já foram iniciados e a previsão de inauguração da planta é em outubro de 2026.
LEIA MAIS > Sem grandes investimentos, Usina Vertente aumenta performance de extração e aumenta moagem
Segundo o fundador e CEO da AGROJEM, José Eduardo Motta, há anos o grupo vem estudando a viabilidade de implantação de uma indústria desse porte no Tocantins.
“Agora nós buscamos os nossos parceiros investidores. Uma é a ACP Bioenergia, que já opera grãos em um polo de Caseara e Marianópolis; a outra é a Czarnikow, com sede em Londres, mas com operações no Brasil. Eles se juntaram a nós nesse projeto e agora estamos dando o pontapé inicial para as obras desta, que será a primeira grande indústria de etanol de milho no Tocantins”, disse.
Alexandre Candido, CEO da ACP Bioenergia, explicou que a empresa investe no Tocantins desde 2019. “Aqui nós temos alguns benefícios competitivos quando olhamos para o Brasil como um todo, além da logística ferroviária e posicionamento estratégico, a fim de abastecer o mercado do Nordeste, bastante deficitário em etanol”.
LEIA MAIS >BP Bunge apresenta perspectivas para os mercados de açúcar, etanol e energia elétrica
Fernando Soares, da Czarnikow, concorda. “Entendemos que o projeto reúne elementos únicos como a grande disponibilidade e potencial de acesso à matéria-prima, que é o milho, no estado do Tocantins e, principalmente, na região de Miranorte; a estrutura de confinamento da AGROJEM, que traz segurança para o escoamento da produção de grande parte do DDG a ser produzido; além da excelente estrutura logística que existe na região, para que possamos escoar o etanol internamente e para outros estados”, finalizou.