O Brasil pode se tornar uma das maiores potências mundiais de bioinsumos nos próximos anos. Em 2014, apenas dois novos produtos biológicos haviam sido registrados no país. No ano passado, foram 87. Atualmente, já são 514 registros ativos à disposição do mercado.
Defensivos agrícolas de base biológica e bioinoculantes movimentaram R$ 2,905 bilhões na safra 2021/22, uma elevação de 67% no desempenho desses produtos frente ao ciclo anterior (R$ 1,744 bilhão). A projeção é que as vendas dos insumos biológicos alcancem R$ 16 bilhões em 2030.
Seguindo essa tendência a utilização de insumos biológicos para o canavial vem se intensificando nos últimos tempos, estando cada vez mais presente no planejamento agrícola das usinas, que buscam por manejos que contribuam com a redução de custos e com o aumento sustentável da produtividade de suas lavouras.
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Estudo aponta que na safra 2021/22 os bioinsumos chegaram a 52% da área plantada de cana-de-açúcar (4,74 milhões de hectares). E os estudos nessa área continuam avançando. Duas bactérias identificadas pela Embrapa em seu banco de microrganismos, capazes de aumentar a absorção de fósforo pelas plantas, mostram ganhos comprovados na cultura da cana-de-açúcar.
O incremento de produtividade, segundo dados da pesquisa da Embrapa, chega a 20% com o primeiro inoculante solubilizador de fósforo desenvolvido no país, com recomendações agronômicas validadas para a cultura da cana-de-açúcar.
No Nordeste, uma startup da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) está desenvolvendo um novo tipo de bioinsumo com tecnologia inovadora. A empresa é especializada na produção de inoculante biológico inédito com bactérias promotoras de crescimento para plantas que se destacam no agronegócio da região. No âmbito do governo, o segmento ganhou impulso em 2020, com o lançamento do Programa Nacional de Bioinsumos. Somente na Embrapa, mais de 600 pesquisadores trabalham em 73 projetos relacionados ao tema.
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É neste cenário, com a intenção de debater e mostrar os benefícios agronômicos do manejo biológico e orgânico, as ações e resultados obtidos pelas unidades industriais e opiniões de especialistas, que será realizada mais uma edição do CANABIO, que acontecerá nos dias 24 e 25 de maio, no Centro de Cana IAC, em Ribeirão Preto – SP.
Retomando o formato presencial, após o período da pandemia, o CANABIO contará com a presença de mais de 300 profissionais, de 58 usinas. Durante os dois dias estão previstas mais de 30 palestras, entre cases de usinas e fornecedores, e palestras com os maiores especialistas do assunto no Brasil e América Latina.
Já confirmaram participação no evento:
Aloísio Meloni, gerente técnico corporativo da Viterra Bioenergia;
Carlos Crusciol, professor titular da UNESP de Botucatu;
Diego da Mota Ferreira, engenheiro agrônomo, diretor da MDGAgro;
Fernando Dine Andreote, professor da ESALQ/USP;
Gabriela Vieira, gerente do Centro Biotecnológico da Biomassa, na Uisa; Germano Caetano de Souza, consultor técnico corporativo de Tratos Culturais da BP Bunge Bioenergia;
Heleno Barros, diretor agrícola da Usina Estivas; João Ulisses de Andrade, diretor da AGR.cana;
José Eduardo Marcondes, pesquisador do Instituto Biológico;
Mário Dias, gerente Corporativo de Desenvolvimento Agronômico da BP Bunge Bioenergia;
Michel da Silva Fernandes, diretor da MS Fernandes Consultoria;
Pedro Henrique Castro, gerente agrícola da Araporã Bioenergia;
Raffaella Rossetto, pesquisadora científica IAC;
Roberto Malimpence, diretor da Baraúna;
Sabrina Dibelli , bióloga da Usina Cerradão;
Thiago de Paula, gerente de Fitotecnia da BP Bunge Bioenergia.
O evento também contará com participação internacional de Rosa Muchovej, cientista de solos na United States Sugar Corporation (U.S.Sugar).
As inscrições para o evento podem ser feitas pelo site www.canabio.com.br