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El Niño pode ter menor impacto na zona canavieira de PE

Fato ocorrerá pelas condições atmosféricas da costa do NE

As chuvas prejudicam o ritmo da colheita no Centro-Sul
As chuvas prejudicam o ritmo da colheita no Centro-Sul

A partir do próximo mês, as chuvas atuais e recorrentes na Zona da Mata de PE têm chances de reduzir devido à chegada de efeitos do fenômeno El Niño sobre o clima.

Há, porém, uma probabilidade de que possa ter um impacto menor do que o previsto em função de fenômenos atmosféricos que influênciam o clima na zona canavieira neste próximo trimestre, que é o período mais chuvoso da região no ano.

A previsão é do meteorologista da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), Alexandre Magno, doutor na área pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG/PB).

De acordo com a prognóstico, não há dúvida de que o El Niño tende a impactar neste período mais chuvoso da Zona da Mata de Pernambuco.

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“A previsão é de que haja redução da regularidade das precipitações e impactos climáticos desfavoráveis, inclusive com aumento da temperatura média e consequente aumento da evapotranspiração da região.

As perspectivas climáticas para junho, julho e agosto é de ocorrência de precipitações de normal a abaixo da média”, diz o meteorologista no boletim enviado aos fornecedores de cana.

Entretanto, mesmo com a previsão até de verânicos (períodos de seca dentro da estação chuvosa), o aquecimento anômalo das temperaturas do Oceano Atlântico tropical e eventos transientes da atmosfera podem minimizar efeitos do El Niño na Mata Norte e Sul de PE, conforme aponta Magno.

“Podemos ter eventos representativos no trimestre  em virtude das oscilações intrasazonais (Oscilação de Madden & Julian) que induzem a ampliação das precipitações nas suas fases favoráveis“, exemplifica.

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Além disso, a evolução das chuvas  dependerá também da presença do sistema meteorológico Distúrbio Ondulatório de Leste e do favorecimento dos ventos (intensidade e direção) sobre a costa leste da região Nordeste.

“Em meados dos meses de junho e julho, tais condições estarão bem caracterizadas e, a pedender de seus comportamentos,  poderão ajudar também na redução dos impactos do El Niño sobre a região”, diz.

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