A União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) se posicionou com veemência diante das críticas das distribuidoras de combustíveis ao RenovaBio, programa ambiental criado para ampliar o uso de biocombustíveis na matriz energética brasileira e garantir a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Em nota, a UNICA afirma que a Brasilcom, entidade que representa as distribuidoras, estaria distorcendo informações ao afirmar que o programa RenovaBio eleva o preço do diesel e da gasolina.
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Segundo a UNICA, o estudo publicado pela associação apresenta uma análise econométrica que simplifica o funcionamento dos mercados de gasolina e diesel, obtendo resultados absolutamente desconectados da realidade.
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De janeiro a outubro deste ano, por exemplo, a análise indica que a compra de Créditos de Descarbonização (CBIOs) exigiu um aumento de preço equivalente a R$ 0,14 por litro no caso diesel e de R$ 0,12 por litro para a gasolina. Se multiplicarmos esses valores pelo consumo de diesel e gasolina observado nesse período, obtemos um total de R$ 12,24 bilhões que, segundo o estudo apresentado, foram acrescidos ao preço dos combustíveis fósseis para custear a compra de CBIOs.
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Ocorre, entretanto, que, nesse mesmo período a compra de CBIOs pelos distribuidores totalizou apenas R$ 3,15 bilhões. Essa condição atesta de forma inequívoca que o impacto calculado pelo estudo é superestimado e não representa a realidade.
“A choradeira das distribuidoras começou em julho, quando essas mesmas empresas afirmaram que não haveria créditos suficientes para o cumprimento das suas metas em setembro. Entretanto, o que se viu ao final do prazo foi uma oferta de CBIOs muito superior ao necessário para o atendimento das metas”, diz a UNICA.
