O aço desempenha um papel fundamental nas usinas de açúcar devido à sua resistência, durabilidade e versatilidade em uma variedade de aplicações dentro dessas instalações.
No processo de produção de açúcar e de etanol, a entrada da cana provoca desgastes e erosão nos equipamentos pelo excesso de areia que o vegetal contém ao ser colhido, sem contar as partículas ferromagnéticas que se desprendem e podem se misturar ao açúcar, contaminando o produto.
O uso do aço correto diminui e até elimina problemas dessa natureza. Fatores como esses indicam a importância desse material para o setor sucroenergético.
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No dia 20 de fevereiro, a Açotubo, empresa responsável pelo fornecimento de material tão estratégico para as usinas, desde barras e tubos de aço carbono a aços inoxidáveis usados em diferentes indústrias, celebrou 50 anos de atividade. Em 2023, sua unidade instalada em Sertãozinho-SP atendeu às usinas Inpasa Agroindustrial, Cerradão, Neomille, Coruripe, Clealco, São Martinho, Branco Peres Agro, Pedra Agroindustrial e Viralcool.
Fundada em 1974, no bairro da Vila Maria, em São Paulo, em um modesto terreno de 250 metros quadrados, a companhia seguiu para Guarulhos no início dos anos 2000 e vem expandindo as atividades desde então, com filiais em vários pontos do Brasil, num total de sete unidades e mais dois centros de atendimento.
Considerado, atualmente, uma das referências na distribuição de produtos siderúrgicos nacionais e com atuação em países como Peru e Colômbia, o Grupo, graças ao espírito empreendedor dos fundadores, os irmãos Luís, Ribamar e Wilson Bassi, e de profissionais de gestão e produção, segue registrando crescimento e modernizando as operações e preza por manter pilares de origem, como: comprometimento com o foco do cliente, prazo, qualidade, atendimento e responsabilidade social.
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Em fevereiro, a direção da Açotubo abriu as portas para apresentar a sede da empresa, em Guarulhos, para a imprensa e contar as novidades. Vinícius Bassi, diretor executivo de Marketing, reforçou que a companhia está focada em expandir sua presença global, aproveitando sua expertise e seu portfólio diversificado de produtos.
De acordo com o diretor, que faz parte da segunda geração da família Bassi no comando da companhia, um dos fatores que influenciaram o crescimento da Açotubo sempre foi a qualidade no atendimento e a busca contínua por entender as necessidades da clientela.
Nessa trajetória, ao longo das 5 décadas, o grupo tem tido um crescimento constante. Entre 2021 e 2023, a empresa investiu R$ 120 milhões na modernização de seu parque empresarial, que incluiu a implantação de novos equipamentos e entregou no mercado cerca de 57 mil toneladas de todos os tipos de produtos, os quais comercializa para 9 mil clientes.
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Em 2021, entrou como sócia minoritária numa joint–venture com a francesa Vallourec para a produção de tubos de aço e soluções tubulares para a indústria, formando a VTI (Vallourec Tubos para Indústria).
Também virou sócia da Incotep, empresa internacional que atua com sistemas de ancoragem e infraestruturas para projetos do setor de mineração, construção civil, fundações e obras de transmissão. Está presente, por exemplo, nas obras de reforma do Estádio do Pacaembu, na capital paulista.
Nessa estratégia de internacionalização, a Açotubo se tornou sócia da peruana Systemas de Perforación y Geotecnia (SPG) via Incotep, em 2020, marcando presença no Peru e na Colômbia. Em fevereiro deste ano, a empresa anunciou a compra da participação da SPG no negócio, pelo valor de R$ 12 milhões, assumindo a totalidade das operações da empresa.
Esse processo de expansão internacional tem contribuído para aumentar o seu faturamento. Em 2023, a receita do grupo foi de R$ 2 bilhões, o terceiro melhor resultado de sua história, embora com recuo de 15% comparado ao ano anterior, devido à queda dos preços domésticos dos produtos siderúrgicos.
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Os investimentos anunciados para 2024 também são robustos, na caixa de R$ 47 milhões, visando à inovação, ao fortalecimento da marca entre as principais empresas nacionais do setor siderúrgico e também à expansão dos negócios em âmbito internacional.
Atualmente, a companhia emprega mais de 900 funcionários e seus planos são de continuidade no desenvolvimento do seu negócio, com sustentabilidade.
“No ano passado foi realizado o levantamento do GEE (Gases de Efeito Estufa) para os escopos 1 e 2 e a confirmação com os fornecedores de energia elétrica de que todo consumo feito pelo Grupo Açotubo em 2023 veio 100% de fontes renováveis”, conclui Bassi.
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