A Diana Bioenergia deu início na safra 2020/21 a um ciclo virtuoso, refletindo todos os esforços para aumentar a rentabilidade da operação realizados nos últimos anos. Com excelentes resultados, a companhia teve lucro de R$ 17 milhões contra praticamente zero na safra anterior. O EBTDA ajustado foi de R$ 108 milhões, 35% a mais do que o realizado no ciclo 2019/20.
Para a safra em curso, o lucro deve atingir R$ 44 milhões e da safra 2022/23 em diante estabilizar acima de R$ 65 milhões. Esse crescente também é esperado para o EBTDA que deve ficar acima de R$ 156 milhões, um acréscimo de R$ 48 milhões em relação à safra 2020 /21. Da temporada 2022/23 em diante, a companhia tem como meta estabilizar seu EBTDA acima de R$ 180 milhões. Assim, conseguirá uma redução importante do seu endividamento, saindo de uma dívida líquida por tonelada de R$ 125/ton para R$ 30/ton, isso em dois anos.
De acordo com Leonardo de Freitas Perossi, diretor Administrativo e Financeiro da usina, os excelentes números da safra 2020/21 são resultados dos investimentos feitos ao longo dos últimos três anos, tanto na área industrial como na agrícola. Tendo como destaque a renovação de 70% dos canaviais, o que possibilitou elevar o TCH para 78,11, representando um aumento de 22% em relação a última safra.
Já o ATR chegou a 146,28, um aumento de 16 kg em relação a média das duas últimas safras. Registrando uma eficiência industrial de 89,17% e mix de açúcar acima de 61,98%, a empresa fechou a temporada moendo 1.375 milhões de toneladas contra 1.200 milhões processadas nas últimas duas safras.
“A usina aumentou 87% a sua produção de açúcar VHP, superando as 115 mil toneladas produzidos no ciclo anterior”, disse.
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O executivo afirmou que a empresa conseguiu aproveitar as melhores oportunidades de preço de venda de açúcar, etanol e energia. Assim, já tem fixado para a safra 2021/22, 92,3 mil toneladas de açúcar VHP com preço médio de R$ 1.469,37, equivalente a um etanol de R$ 2,51, o que proporciona uma rentabilidade de 26%. E também já fixou para as próximas duas temporadas, sendo 76 mil toneladas para a safra 22/23 com preço médio de R$ 1.520,61 e 38 mil toneladas para safra 23/24 com preço médio de R$ 1.593,94.
Perossi ressalta que essas fixações em níveis tão remuneradores para a companhia, dão segurança para enfrentar as oscilações de preços no futuro, algo natural no setor de commodity. Ele comenta ainda que a Diana também reforçou o caixa com a venda de 55.409 CBIOs na safra passada, tendo como previsão vender 63.858 CBIOS no ciclo atual. Além disso, no início de abril, fez a sua 4ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, de R$ 75 milhões, sendo R$ 40 milhões com o Banco Santander e R$ 35 milhões com o Banco Itaú, com prazo de pagamento de cinco anos, sendo um de carência e quatro para pagamento.
“Com essa operação estruturamos de forma definitiva a estrutura de capital da companhia. Não pretendemos fazer mais emissões este ano, mas se tiver alguma oportunidade, iremos aproveitar”, esclareceu.
Diante de um futuro promissor, a empresa espera processar na safra em curso 1.542 milhões de toneladas, sendo 941 mil toneladas de cana própria. Reflexo também da renovação dos canaviais, a expectativa é que tenha um aumento de TCH na cana própria para 80,63 ton/ha e ATR de 136,60 kg. Quanto à produção de açúcar VHP, deverá ser de 119.687 mil toneladas e a de etanol hidratado, chegará a 54.918 mil m3, com uma eficiência global de 89,52%. A Diana vai cogerar e exportar ainda em torno de 5.625 MWh.
“Estamos satisfeitos com os resultados que devem ser melhores ainda nesta safra, não só porque a empresa vai moer um pouco mais que o ano passado, mas também porque os preços estão melhores”, conclui o diretor.