A Diana Bioenergia celebra resultados recordes na safra 2020/21. As performances de excelência começam na moagem: a unidade localizada em Avanhandava, no interior paulista, processou 1,375 milhão de toneladas de cana. O volume supera em 20% a moagem média das duas últimas safras (2019/20 e 2018/19).
Outro recorde está no açúcar: a produção da safra encerrada em 05 de dezembro chegou a 115.562 mil toneladas, maior volume já produzido pela Diana em sua história.
Tem mais. Durante a recém-encerrada safra, a Diana fechou com ATR acumulado de 146,28 kg, um aumento de 16,28 kg em relação a média das 2 últimas safras e 1,15 kg maior que a média das usinas do Centro-Sul, que, segundo o último relatório da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), ficou em 145,13 kg até 01/12.
Outros resultados de excelência obtidos pela Diana: eficiência industrial acumulada de 89,08%, impureza mineral de 5,34%, impureza vegetal de 5,78% e perdas na colheita de 2,45%.
Para a 2021/22, a Diana Bioenergia também projeta resultados robustos, segundo avaliação de Leonardo Perossi, diretor administrativo/financeiro da empresa.
Em entrevista ao JornalCana, ele traça projeções para a próxima temporada e comenta sobre o desempenho da usina no RenovaBio.
Como a Diana Bioenergia obteve o saldo de resultados excelentes na 20/21?
Leonardo Perossi – Isso só foi possível graças ao empenho de todos os colaboradores. E ao trabalho realizado nos últimos dois anos e nesse ano de renovação de 70% do canavial, alinhado ao trabalho de redução de custos e de melhoria das eficiências operacionais.
Graças a isso tudo, a empresa resolveu antecipar aos colaboradores parte do Programa de Participação nos Resultados (PPR) para esse mês de dezembro, quatro meses antes do tradicional. É uma forma de agradecimento.
“Ayrton Senna uma vez disse: ‘No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz.” E a safra 20/21 demonstra bem essa frase, pois fizemos uma safra de excelência.
Qual a previsão de moagem de cana para a safra 21/22?
Leonardo Perossi – Por enquanto mantemos nossa projeção inicial de 1,650 milhão a 1,700 milhão de toneladas. O clima entre outubro a março será muito importante para confirmar tal número. Isso porque temos 83% do crescimento vegetativo do canavial nesse período e, assim, deveremos ter uma projeção mais refinada no fim de fevereiro.
O mix já está definido?
Leonardo Perossi – Sim, iremos fazer novamente uma safra açucareira, pois já fixamos 70% de uma produção prevista de mais de 134 mil toneladas de açúcar VHP a um nível de R$ 1.434,40 por tonelada, equivalente a um preço de etanol de R$ 2,50/litro.
Qual o impacto do clima para a próxima safra da Diana?
Leonardo Perossi – Este ano o clima foi mais atípico. Falando de forma geral no Centro-Sul, tivemos lugares onde choveu muito e lugares em que não choveu absolutamente nada.
No caso da Diana, tivemos chuvas muito boas na entressafra passada e algumas chuvas pontuais em abril, maio e junho, que ajudaram muito nos números da safra, fechamos com um TCH de 78,11, um ganho de 21,6% em relação à safra passada onde tivemos 64,20.
Nos meses de julho, agosto e setembro, praticamente não tivemos chuvas, o que ajudou elevar o ATR da safra, fechamos com um ATR médio de 146,28, acima da média de 145,13 do Centro-Sul divulgada no último relatório da UNICA.
A Diana trabalha com possível atraso no início da moagem e qual estimativa de ATR para a próxima safra?
Leonardo Perossi – Está no nosso radar um possível atraso do início da safra, mas só tomaremos a decisão definitiva no final de fevereiro, quando teremos uma visão clara de como foram as chuvas e o crescimento do canavial.
Tirando a renovação do canavial que permite introduzir variedades mais ricas e produtivas e dos tratos culturais que permitem manter o canavial livre de pragas e gramas, o que mais impacta o ATR é clima, se temos um ano seco, teremos um ATR mais elevado e se tivermos um ano mais úmido, teremos um menor ATR. Este ano foi mais seco, o que propiciou um ATR maior.
Acredito que todos do setor, assim como nós, esperam que tenhamos um clima normal no próximo ano, com base nisso, estimamos um ATR de 137,50.
RenovaBio: qual o desempenho da Diana na produção de CBIOs?
Leonardo Perossi – Nossa certificação saiu no dia 20/04, então, desde esse dia até hoje [14/12], geramos e comercializamos 55 mil CBios, o que nos proporcionou uma receita de R$ 1,650 milhão.
Com base em nossa nota, para cada 860 litros de etanol hidratado geramos 1 CBIO. A nota do CBIO é calculada no ano anterior para o ano seguinte, então a geração deste ano foi em cima da nota de 2019.
A geração de 2021 será sobre a nota de 2020, como no ano de 2020 tivemos uma melhora significativa em nossos números, teremos uma melhora na nossa nota, mas, além disso, estamos investindo R$ 7 milhões em renovação da frota agrícola, o que nos proporcionará além de uma redução de custo, através do menor consumo, o que ajuda na nota energética e a gerar mais CBios, também teremos uma melhor qualidade de colheita.