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Déficit hídrico em SP e GO limita crescimento vegetativo da cana  

Levantamento do Laboratório Nacional de Biorrenováveis apresenta balanço hídrico das regiões

Massa de ar seco se romperá após 23 de outubro
Massa de ar seco se romperá após 23 de outubro

O Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR), que integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), divulgou nesta quinta-feira (18), a 52ª edição do Boletim de Monitoramento da cana-de-açúcar no estado de São Paulo e Goiás, com apresentação do balanço hídrico das regiões.

O levantamento mostra que em maio, os estados de São Paulo e Goiás apresentaram valores médios de precipitação inferiores às médias históricas esperadas para o mês. Mesmo abaixo da média, o volume de chuvas em São Paulo foi muito próximo ao esperado, mantendo o balanço climatológico em toda a região em equilíbrio, com excedentes e déficit de até 10 milímetros. Em Goiás, no noroeste do Estado foi identificado déficit hídrico de até 20 milímetros.

O boletim afirma que o estado de Goiás permanece com o crescimento vegetativo estável, sendo que o estado paulista apresenta valores um pouco abaixo da média histórica em sua totalidade territorial, indicando uma situação crítica de vigor do cultivo. “Para os próximos meses espera-se um aumento gradual do déficit hídrico em ambos os estados devido à continuidade do período de estiagem”, prevê o levantamento.

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Em São Paulo, em maio, a precipitação média foi igual a 32 milímetros, valor muito próximo da média histórica do mês, apenas 10% abaixo. Porém, com o inicio do período de estiagem, há um aumento gradativo das áreas com déficit. O vigor vegetativo do cultivo está em situação crítica em todo o estado, apresentando valores de NDVI abaixo da média, devido principalmente ao início do período de estiagem e às chuvas abaixo da média histórica.

Já no Estado goiano, o volume médio de chuvas em maio foi de aproximadamente 20 milímetros, valor inferior (42%) a média histórica do mês. O balanço climatológico registrado foi negativo em sua totalidade, porém, majoritariamente com valores ainda próximos ao equilíbrio (déficit de até 10 milímetros).

O levantamento mostra ainda que as cidades Anápolis, Ceres, Anicuns, Goiânia e Vale do Rio dos Bois, Sudeste de Goiás, Meia Ponte e Catalão apresentaram valores de precipitação superiores às médias históricas, sendo que somente Quirinópolis apresentou volume de chuva abaixo da média. “O estado de Goiás entra no período de estiagem com uma recuperação do vigor vegetativo do cultivo, indicando maior estabilidade para o momento”, conclui o relatório.