60% dos custos da safra 2023/24 recaem sobre CRM (Custo de Reparo e Manutenção) e combustíveis. É possível observar, no entanto, considerável melhoria referente ao consumo de combustível.
A informação foi dada por Antônio Beraldo, Consultor Técnico na empresa Assiste, durante palestra “Atualização dos Indicadores de moto mecanização na safra 2023/24”.
A palestra fez parte da programação do 25º Seminário de Mecanização e Produção de Cana-de-Açúcar, promovido pelo Grupo Idea em parceria com o CTC – Centro de Tecnologia Canavieira, nos dias 3 e 4 de abril, em Ribeirão Preto – SP.
Segundo Beraldo, a análise de vida das colhedoras de cana-de-açúcar, está em torno de 10.800 horas e o uso anual está em 3.000 horas. “Aqui a média do nosso benchmark, temos usinas com coletoras com menos de 9 mil horas, na média, algumas mais de 12 mil horas, no uso anual. Algumas usinas, usam mais de 3.200 horas por ano, e algumas menos de 2.600”, disse.
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De acordo com o consultor, as colhedoras vêm evoluindo na questão do consumo de combustível. “Em 2019 o consumo índice por hora era de 38 a hora, caiu para 37 em 2021, manteve em 2023, 36 litros por hora. Quando a gente olha a linha de corte tonelada, esse decréscimo é mais acentuado ainda, então, quando olha o índice por hora caiu 6.2 por 6, e por tonelada caiu aproximadamente 8 por 6. Isso daí é fruto do trabalho tanto da usina quanto dos fabricantes. Nós temos hoje o controle da telemetria em tempo real, que monitora a rotação de todo o industrial da máquina, bem como os equipamentos, vem de fábrica com melhorias também”, explicou.
Na composição global de custos de toda frota, os custos com CRM representam 36,3% do total, seguidos pelos combustíveis com 27,1% e pelo salário dos operadores com um percentual de 24,3%.
Beraldo informa ainda que, os cenários agronômicos adversos possuem grande influência nos indicadores, mas de maneira geral o CRM e consumo de combustível são os maiores gastos, com custos altamente significativos, em torno de 60%. Ele atribui a considerável melhoria na redução dos combustíveis às melhorias nos equipamentos por parte dos fabricantes e ajustes operacionais por parte das usinas, com utilização de telemetria e também evolução na qualificação dos operadores e melhorias em sistematização.