A Cosan anunciou que pretende reorganizar sua estrutura societária, na última sexta-feira (3), o que consolidará a companhia como única holding de todo o grupo, unificando e consolidando os diversos free floats das empresas, aumentando a liquidez de seus valores mobiliários, bem como destravando valor que existe dentro do Grupo Cosan.
A proposta para a simplificação foi aprovada pelos Conselhos de Administração das empresas e será agora submetida à aprovação dos acionistas.
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A reorganização societária consistirá na incorporação de sociedades sob controle comum, pela qual Cosan Limited (CZZ) e Cosan Logística (Cosan Log) serão incorporadas na Cosan.
As ações da Cosan passarão a ser detidas diretamente por todos os acionistas de Cosan, CZZ e Cosan Log que permanecerem acionistas até a aprovação da proposta.
A empresa continuará a ser controlada pela Aguassanta, veículo de investimento da família de Rubens Ometto Silveira Mello.
A Cosan pretende emitir novas ações ou American Depositary Shares(ADRs) da companhia para os acionistas que tiverem ativos da CZZ negociados em Nova York ou ações de emissão de Cosan negociadas no segmento do Novo Mercado da B3.
Com relação à Cosan Log, após implementada a operação, os acionistas que detiverem ações RLOG3 passarão a deter ativos da Cosan, que, portanto, passará a ser a acionista controladora direta de Rumo (RAIL3).
A reestruturação será concluída desde que o valor destinado ao direito de retirada dos acionistas de Cosan Log não prejudique a estabilidade financeira de Cosan.
Será estabelecido um valor fixo máximo para o exercício do direito de retirada.
Os acionistas de Cosan e CZZ não terão direito de retirada.
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Em fato relevante divulgado nesta terça-feira (7), a companhia esclareceu que, além da reorganização pretendida, a eventual realização de oferta pública de ações (IPOs) inclui todas as suas controladas e co-controladas operacionais.
O documento afirma que qualquer uma das empresas poderá vir a ser capitalizada, conforme necessidade específica do negócio, sendo que as mesmas poderão ocorrer em paralelo ao processo de reorganização das Companhias.
“A viabilidade e o momento das potenciais captações no mercado são diferentes para cada empresa. Ainda que as ofertas dependam de inúmeras condições alheias à vontade das Companhias, como já mencionado, a intenção é deixar as controladas e co-controladas preparadas caso tais condições sejam satisfeitas”, afirma o relatório.