Fogo Zero foi o nome escolhido pela Copersucar para a campanha de conscientização contra incêndios no campo, incentivando o cuidado com as áreas de cultivo, vegetação e proteção ambiental das suas usinas associadas. No total, a ação alcançará uma área de 10.890 km², extensão superior a sete vezes o tamanho da capital do Estado de São Paulo.
O objetivo da campanha é orientar a população sobre como prevenir possíveis focos de incêndio e, em caso de ocorrência, como e a quem comunicar. Procura explicar também o que causa os incêndios acidentais e como evitá-los, incentiva a denunciar queimadas criminosas e alerta para os danos que os incêndios podem causar para a comunidade.
Os incêndios podem ocorrer durante todo o ano, principalmente em períodos caracterizados pelo clima seco, pouca chuva, ventos fortes e altas temperaturas.
Segundo dados da Defesa Civil, o Brasil ocupa o 2º lugar entre os países da América Latina com maior número de focos de incêndio em 2022. Foram, até agora (30/05), mais de 14.574 focos, sendo que entre os biomas brasileiros, o Cerrado foi o mais atingido (44,8%) seguido pela Amazônia (33,3%) e Mata Atlântica (12,9%).
O Estado de São Paulo, que possui o Cerrado e Mata Atlântica como seus biomas predominantes, registrou 446 focos de incêndio neste ano, volume 9% maior que o registrado em 2021.
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Por outro lado, através de monitoramento constante, a Defesa Civil registrou nos últimos dois anos uma diminuição significativa do número de focos detectados pelo satélite no Brasil. Considerando o período de 1º de janeiro até 30 de maio, a quantidade detectada neste ano é 15,7% menor que o mesmo período de 2020 e 17,9% mais baixa que a registrada em 2019, se mantendo estável na comparação com o ano passado, com queda de 0,2%.
O Secretário Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Fernando Chucre, destacou que as parcerias e investimentos nas ações preventivas de combate aos incêndios florestais são fundamentais para diminuição das ocorrências.
“Aqui no Estado já atuamos a cerca de 11 anos na Operação Corta-Fogo nesse formato que reúne vários órgãos de estado e parceiros trabalhando com o mesmo objetivo, de agir nas potenciais causas de incêndios e limitar os impactos negativos do fogo sem controle. Neste ano, para auxiliar os municípios nos trabalhos de contenção do fogo, o Governo de São Paulo investiu cerca de R$145 milhões, na compra de caminhões-pipa, equipamentos de proteção individual, treinamentos, além da manutenção de aceiros, trilhas e estradas utilizadas para acesso aos parques e atendimento de ocorrências”.
Mesmo com um elevado grau de mecanização e tecnologia em seus processos, principalmente nas atividades para a colheita das safras, entre as quais não consta a prática de queima em seus canaviais, as mais de trinta usinas associadas à Copersucar entendem a necessidade de continuar a contribuir com a prevenção de incêndios, fazendo campanhas de educação e incentivo nas cidades onde tem atuação.
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“As usinas desenvolvem ações para a proteção ambiental da vegetação nativa, da área produtiva de cana-de-açúcar, da qualidade do ar e da preservação dos recursos hídricos, além do cuidado com as comunidades das regiões em que temos atividade. Os incêndios trazem efeitos negativos para toda a sociedade, para a economia e ao meio ambiente, colocando em risco os moradores, impactando áreas nativas e a biodiversidade. Por isso, apoiamos as nossas usinas associadas a manterem protocolos, treinamentos, plano de ação e campanhas de conscientização para prevenir este tipo de ocorrência de forma a contribuir com uma sociedade melhor”, declarou Maria Cláudia Trabulsi, coordenadora de sustentabilidade e meio ambiente da Copersucar.
Cada uma das unidades produtivas associadas dispõe de equipes brigadistas de prontidão, com treinamento para lidar com qualquer adversidade desta natureza, comunicação interna para troca de informações e segurança, além de possuírem mecanismos para evitar e combater os incêndios acidentais. As usinas contam também com o apoio fundamental dos bombeiros socorristas das regiões em que estão instaladas.
É o caso, por exemplo, das usinas do Grupo Cocal, que possuem dezenas de pessoas designadas especificamente para o combate a incêndios e brigadistas distribuídos em três turnos, das áreas agrícola e industrial. Essa equipe conta com um cronograma mensal de treinamento com um consultor externo. Em maquinários, possui caminhões PIPA de apoio, distribuídos entre as unidades de Paraguaçu Paulista e Narandiba, interior de São Paulo. Trabalha também frequência de rádio e grupo de mensagens para comunicação interna entre as equipes.
Já a usina São Manoel, localizada no munícipio de São Manuel – SP, dispõe de dezenove caminhões tanques, três torres de vigia, três câmeras em pontos estratégicos, sete motocicletas e uma caminhonete, além de máquinas e equipamentos para manutenção de vias e aceiros, todos destinados a operações desta natureza. Além disso, conta também com cinquenta e oito brigadistas treinados ao combate de incêndios.
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As três unidades do Grupo Ipiranga trazem números bem expressivos para monitorar e combater possíveis incêndios. No total, são 206 pessoas envolvidas nas estruturas de combate a incêndio, que conta com 122 dispositivos e veículos, como os 29 caminhões-pipa, e 129 equipamentos de auxílio, como abafador, pinga fogo, bomba costal e conjunto de aproximação.
Números expressivos que também são constatados nas três usinas do Grupo Pedra Agroindustrial. Localizadas nos municípios paulistas de Buritizal, Serrana e Nova Independência, as áreas industriais e agrícolas são cobertas por 46 caminhões-tanque, 512 brigadistas, 10 veículos de apoio e 64 colaboradores treinados para dar apoio aos brigadistas.
Tecnologia como aliada
Inovação e tecnologia também estão presentes na prevenção e combate a incêndios. Como exemplo, temos o monitoramento via satélite de mais de 55 mil hectares de cana-de-açúcar realizado pelo Software Cyan Fire Alert que, a partir desses dados, aponta focos de incêndio com rapidez e precisão, proporcionando maior efetividade no atendimento de ocorrências. A ferramenta é utilizada por diversos produtores de cana-de-açúcar, entre eles os grupos Pedra Agroindustrial e Zilor. Além do monitoramento via satélite, câmeras de longo alcance e alta resolução, localizadas estrategicamente nos municípios paulistas de Pederneiras, Pratânia, Borebi e Lençóis Paulista, são usadas pela Zilor para detectar fumaça a quilômetros de distância.
A população também deve fazer a sua parte
A população que vive no entorno das áreas de produção da cana também tem um papel importante na prevenção de incêndios. Em muitos casos, o fogo nas plantações começa nas áreas de limite do canavial, nas ruas do entorno ou nas rodovias, provocado por ações inadequadas como jogar bituca de cigarro no mato, descarte do lixo de forma incorreta, soltura de balões, entre outras atividades ilegais. Um simples papel de alumínio jogado em uma vegetação seca associado aos raios solares, pode facilmente iniciar um incêndio. Por isso, as usinas associadas à Copersucar investem em ações de conscientização para mudar o comportamento e as atitudes que potencializam riscos de incêndio.
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Pensando nisso, o Grupo Pedra, por exemplo, mantém o Programa de Portas Abertas, que tem como principal público alvo estudantes do ensino médio e ensino superior que visitam a usina e recebem cartilhas de conscientização para prevenção de incêndios.
Usinas Sócias Copersucar
- Companhia Melhoramentos
- Ferrari Agroindústria
- Furlan Avaré
- Grupo Balbo
- Grupo Cocal
- Grupo Maringá
- Ipiranga Agroindustrial
- Norte do Paraná
- Pedra Agroindustrial
- São Luis Bioenergia
- Umoe Bioenergy
- Usina Caçu
- Usina Cerradão
- Usina Pitangueiras
- Usina Santa Adélia
- Usina Santa Lúcia
- Usina Santa Maria
- Usina São José da Estiva
- Usina São Luiz Ourinhos
- Usina São Manoel
- Viralcool
- Zilor