A Copersucar encerrou mais uma safra com desempenho consistente, o segundo maior da história da companhia, justamente neste ano, em que completa 15 anos de atividade e comemora os 25 anos de operação do TAC (Terminal Açucareiro Copersucar) no Porto de Santos – SP.
Para Luís Roberto Pogetti, presidente do Conselho de Administração da Copersucar, a companhia avançou bastante na sua estratégia e posicionamento.
“Ampliamos a liderança nos mercados onde atuamos na última safra, com destaque para a criação da Evolua Etanol, a maior comercializadora de etanol do Brasil, a entrega do melhor desempenho da história da Alvean na comercialização global de açúcar e a expansão dos negócios da Eco-Energy nos Estados Unidos, que reforçou a sua participação no biocombustível e ampliou no mercado de gás natural”, ressalta o executivo.
“Mesmo em um ano volátil e de incertezas que afetaram o setor, marcado por eleições polarizadas, alta taxa de juros no Brasil, mudanças na tributação de combustíveis e desafios macroeconômicos e geopolíticos, a companhia se destacou ao apresentar o menor índice de endividamento líquido de estoques da sua história e o segundo melhor desempenho desde a sua criação, em 2008. A safra 2022/23 ainda foi marcada por recordes nos resultados da Alvean e da Eco-Energy”, destaca Tomás Caetano Manzano, presidente da Copersucar, que ressalta que nesses 15 anos de atividade a companhia aumentou seu faturamento em quase 20 vezes.
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O sistema Copersucar foi ampliado na safra 2022/23, com a criação e início da operação da Evolua Etanol, maior comercializadora do biocombustível no país, fruto de uma joint venture com a Vibra Energia. A nova empresa atua de forma colaborativa e integrada, gerando valor compartilhado ao superar o desafio de ofertar energia limpa e renovável em grande escala para todo o país e o mundo, indo muito além dos volumes dos seus acionistas.
Nos Estados Unidos, maior mercado de etanol e gás natural do mundo, merece evidência a expansão das operações da Eco-Energy, que movimentou 7 bilhões de litros de etanol, a partir de 10 terminais de logística, e 2 bilhões de metros cúbicos por dia de gás natural, obtendo o melhor resultado de sua história, com faturamento de US$ 7,6 bilhões, atingindo US$80 milhões de lucro líquido e 35% de retorno em dólar sobre o capital investido.
Destaque também para o desempenho da Alvean, que, em seu segundo ano de operação após a aquisição de 100% do controle pela Copersucar, obteve o maior resultado da sua história, com lucro líquido acima de US$ 70 milhões, reforçando mais uma vez sua liderança no mercado internacional de açúcar, com 29% de participação de vendas no destino e 25% de retorno sobre o capital investido em dólar.
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A Copersucar ampliou ainda a sua escala de acesso à oferta de produtos no setor sucroenergético com a entrada na safra de três novas usinas no seu sistema (São Luiz, Vale do Paraná e Passos). Com o recente ingresso da Usina Diana, em abril de 2023, a companhia totaliza 37 unidades produtoras associadas, com moagem conjunta de mais de 100 milhões de toneladas de cana.
A Copersucar consolidada investiu R$ 378 milhões durante a 2022/23, sendo parte importante desse valor destinado à criação da Evolua Etanol, com foco na estratégia de ampliação da sua presença e protagonismo no mercado de etanol. O restante dos investimentos foi direcionado à manutenção dos seus terminais no Brasil e Estados Unidos e aporte de capital para a construção de novos trechos de dutos da Logum.
Desempenho operacional
Açúcar – Mesmo com prêmios mais apertados, a Copersucar manteve a liderança de vendas no mercado interno, com 2 milhões de toneladas de açúcar comercializadas. Adicionalmente, registrou aumento de 7,1% no volume de exportações, de 2,8 para 3 milhões de toneladas do produto.
Etanol – Com a criação, em julho, da Evolua Etanol (joint-venture com a Vibra Energia), os volumes de etanol passaram a ser operados pela nova empresa, que, mesmo diante do cenário desafiador, obteve resultados consistentes, já capturando parte das sinergias do novo modelo.
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Logística – Em um ano marcado pela necessidade de eficiência no escoamento do açúcar destinado ao mercado externo, a Copersucar apresentou desempenho superior em suas operações, fruto de seu robusto sistema logístico, que conta com grande capacidade de armazenagem nas usinas, terminais de transbordo no interior, contratos de transporte rodoferroviários de grande escala, eficiente terminal portuário em Santos e controle de afretamento de navios para clientes. Visão, controle e planejamento integrado da cadeia possibilitaram à Copersucar operar com baixo tempo de fila (espera) de navios, o que representa importante diferencial competitivo para os seus clientes.
A companhia apresenta novamente faturamento relevante, de R$ 69 bilhões, com lucro líquido de R$ 679 milhões (o segundo maior da sua história), fruto de sua robusta estratégia e portfólio de negócios.
Com estratégia de utilizar a geração de caixa para desalavancagem, fruto do cenário de juros elevados no Brasil, a companhia registrou neste ano o menor índice de endividamento líquido de estoques da sua história (dívida líquida de estoques negativa de R$ 357 milhões, apresentando mais caixa e estoques do que dívida).