Em agosto deste ano, a norte-americana ICM e a brasileira Impacto Energia assinaram um contrato para a construção da primeira biorrefinaria de etanol de milho com moagem a seco da Bahia.
A planta terá capacidade de moer diariamente 1.700 toneladas de milho, produzindo 260 milhões de litros de etanol anidro por ano e recuperando 9.000 toneladas de óleo de milho.
A Cooperfarms (Cooperativa de Produtores Rurais), do município de Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano, anunciou que estará entre os participantes do empreendimento.
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Segundo o presidente da cooperativa, Marcelino Kuhnen, desde fevereiro passado, o conselho de administração e a executiva têm analisado cautelosamente a entrada da Cooperfarms na cadeia da agroindústria.
“Entendemos que é indiscutível a participação da cooperativa e de seus associados neste importante investimento para a região. Somos um dos elos fundamentais para alavancar o negócio: fornecedores de matéria-prima”, argumentou Kuhnen.
Outro fator que tranquilizou a cooperativa na tomada de decisão foi a expertise do grupo investidor. “O know-how da brasileira e da norte-americana foi determinante para o ingresso da cooperativa, além da garantia da compra da produção de milho e de sorgo dos cooperados investidores, inclusive preferência para contratos futuros”, reforçou Kuhnen.
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Atualmente, a Impacto Bioenergia, braço da Impacto Energia, controla a usina Seresta, em Teotônio Vilela (AL), responsável pelo processamento da cana-de-açúcar. A nova unidade baiana será a primeira a processar exclusivamente milho. Segundo as empresas, a refinaria também vai recombinar componentes de farelos em 185.000 toneladas de DDGS padrão (grãos secos de destilaria com solúveis).