O engenheiro agrônomo Ericson Marino, com uma trajetória de mais de 50 anos no setor sucroenergético, com passagens como gerente, diretor e superintendente em várias usinas, atuando atualmente como consultor, avalia como inevitável a quebra na produtividade da cana-de-açúcar, prevendo também uma perda de rentabilidade do setor.
“Acho que teremos uma quebra inevitável na produção de cana e também reflexos na próxima safra, com plantios afetados pelas chuvas irregulares. Meu receio é do famoso efeito “Manada” , dado o grande número de novas fábricas de açúcar e ampliação das existentes”, afirmou Marino.
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Segundo ele, o endividamento das usinas tornou a crescer e a rentabilidade estará afetada pela quebra de produtividade dos canaviais e preço do etanol muito baixo. “O preço internacional também será um fator de queda na rentabilidade do setor”, alerta o consultor.
Para Ericson Marino as usinas devem ter sua atenção voltada aos cuidados com fluxo de caixa, e direcionar investimentos somente ao mínimo necessário.
“Cuidado com o fluxo de caixa e busca da redução do endividamento. Também reduzir os investimentos ao mínimo necessário para manter as operações, agrícola e industrial, operando normalmente. Cuidado com a loucura da compra de cana ‘spot’”, adverte o consultor.