Ao longo de 2015, o Grupo USJ trabalhou com produção de eletricidade excedente em sua unidade de açúcar e de etanol em Araras (SP). Qual foi o resultado, e como a companhia sucroenergética pretende avançar em cogeração?
Confira a seguir em entrevista do diretor executivo do Grupo USJ, Narciso F. Bertholdi, ao Portal JornalCana.
Como está a experiência em cogeração de excedentes? A USJ estreou em 2015 na exportação de bioeletricidade.
Narciso Bertholdi – A gente tem uma experiência histórica desde 2008, com as estruturas de Goiás, administradas de forma direta antes da joint-venture [com a Cargill]. Então tínhamos experiência de participar de leilões, de mercado regulado, de exportação. A curva de aprendizado foi lá. Aqui [em Araras] a UTE é muito menor, exporta muito menos.
Fizemos 50% dela, com capacidade de 30 megawatts, e esperamos a oportunidade para implantar os demais 50%. Há espaço para instalar mais 40 megawatts.
Leia mais: Grupo USJ tem prejuízo de R$ 68,4 milhões
Fale mais, por favor.
Narciso Bertholdi – Como o cenário ainda é marginal, do ponto de vista da exportação [de bioeletricidade], trabalhamos esse primeiro ano no mercado spot e vendemos no último leilão de 2015. Vendemos 60% do volume projetado para um ano de exercício. O valor final do megawatt-hora foi a R$ 183.
Leia mais: Saiba como será a safra 16/17 do Grupo USJ
Há previsão de investir na expansão da cogeração em 2016?
Narciso Bertholdi – Não, nenhuma hipótese. Talvez precisaremos buscar uma visão mais estratégica, como, por exemplo, alinhamento com quem possua interesse, até para não aumentar nossa exposição financeira.
Leia mais: Cargill e USJ iniciam produção de etanol de milho