Alexandre Andrade Lima é das principais lideranças brasileiras dos produtores de cana-de-açúcar. Ele preside a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) e desde janeiro último também está na presidência da Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Lima também está à frente da cooperativa Coaf, que reativou a Usina Cruangi, em Pernambuco. Mas é sobre os produtores de cana que o executivo trata em entrevista ao JornalCana.
Os produtores são personagens diretamente envolvidos em um projeto em tramitação no Congresso que pretende ampliar de atuais 15 anos para 25 o prazo de validade das variedades de cana.
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Para o JornalCana, Alexandre Andrade Lima detalha suas posições sobre o projeto.
“Favorável à cobrança”
“Somos a favor da cobrança de royalties! E também somos a favor do aumento de prazo para 25 anos. Entendemos que as entidades de pesquisa, privadas ou públicas (ligada as universidades), tem que ter recursos suficientes para o andamento e o lançamento de novas variedades.”
“Retorno econômico”
“Acreditamos que o aumento de 15 anos para 25 anos vai dar retorno econômicos para a pesquisa.”
“Problema nas variedades já registradas”
“O problema [da extensão do prazo] reside no aumento do prazo para as variedades que já foram registradas na legislação com 15 anos. Da seguinte forma: variedades de cana que estão para vencer daqui há dois anos, terão o seu prazo estendido para mais 12 anos.”
“Pagar por mais tempo”
“Não podemos aceitar que produtores que fizeram contratos e que tem a expectativa de pagar royalties por mais dois anos, como no exemplo dado.”
“Fere o estado de direito”
“Ter o seu contrato desrespeitados e pagar pela variedade por mais 12 anos. Entendemos que isso fere o estado de direito.”