A polêmica tomou boa parte do ano de 2015 e só agora torna-se oficialmente pública, com a publicação de extrato de assembleia.
Saiba os detalhes a seguir.
O ano de 2015 foi complicado para a Renuka do Brasil S/A, controladora de duas usinas de cana-de-açúcar no interior do estado de São Paulo, e desde 2010 controlada pelo grupo da Índia Shree Renuka Sugars.
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Foi em 2015 que a companhia entrou em recuperação judicial. E foi em 2015 que registrou uma polêmica envolvendo um de seus acionistas, a Halpink Consultoria e Assessoria Empresarial Ltda.
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A polêmica veio oficialmente à tona somente agora, com a publicação de extrato de assembleia geral ordinária e extraordinária realizada em 22 de outubro do ano passado.
O encontro foi presidido por Josney Ferraz, enquanto o secretário foi Tony Marcelo Gonzalez Rivera, também diretor jurídico da Renuka Brasil.
Os pontos polêmicos que envolvem a acionista Halpink estão listados abaixo. Confira cada um deles:
1 – A acionista Halpink Consultoria e Assessoria Empresarial Ltda. apresentou declaração de voto contrário à aprovação do relatório da Administração e as demonstrações financeiras referentes ao exercício fiscal encerrado em 31/03/2015. A declaração ficará arquivada na sede da Companhia
2 – No mesmo voto, a acionista Halpink Consultoria e Assessoria Empresarial Ltda. requer a autorização da assembleia geral para que a Companhia promova ação de responsabilidade contra o Administrador. Narendra Murkumbi pelas razões expostas no voto. Colocada a matéria em votação, foi ela rejeitada por maioria de votos dos acionistas presentes.
3 – A Halpink apresentou declaração de voto contrária à aprovação da remuneração global anual fixa da Administração da Companhia no valor total de até R$ 9.158.000,00, paga durante o exercício a findar-se em 31/03/2016, dividida da seguinte forma: (a) R$ 637.000,00 para o Conselho de Administração; (b) R$8.154.000,00 para a Diretoria; e (c) R$ 367.000,00 para o Conselho Fiscal. Recebida pela Mesa, a declaração da Halpink também ficará arquivada na sede da Companhia.
4 – A acionista Halpink também se absteve de votar o item no qual a maioria dos acionistas aprovaram o pedido de recuperação judicial. A Halpink se absteve de votar este item por entender que a matéria e afeta exclusivamente à acionista controladora e à Administração que elegeu.