Com a participação de empresas de diferentes segmentos do setor de energia, órgãos governamentais, ONGs e acadêmicos, e sob a liderança da Climatempo – a maior e mais reconhecida empresa de consultoria meteorológica e previsão do tempo do Brasil e da América Latina -, foi criado o Comitê do Clima, um fórum de debates e análise voltado aos impactos das mudanças climáticas no setor de energia.
O objetivo do comitê é centralizar as discussões e a conscientização sobre a necessidade de se promover ações preventivas e avançar nas metas de redução das emissões de CO2, no momento que o setor de energia é um dos mais impactados pelos efeitos das fortes chuvas, ventos e queimadas registradas no País, em um contexto de aceleração das mudanças climáticas.
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Desde sua criação, no ano passado, após a realização do 1º EMSE (Encontro Nacional de Mudanças Climáticas para o Setor de Energia) promovido pela Climatempo, o Comitê do Clima tem desempenhado um papel fundamental na busca por soluções eficazes para enfrentar os desafios climáticos no setor de energia. Por meio de reuniões mensais e questionários aplicados, tem obtido resultados significativos e promovido discussões relevantes, contribuindo para a conscientização e ação em prol do meio ambiente.
“A compreensão da gravidade das projeções climáticas discutidas durante o EMSE fez com que a Climatempo agisse de forma proativa com a criação do Comitê, que promove iniciativas voltadas à mitigação e adaptação às mudanças climáticas”, explica Lara Marques, presidente do Comitê do Clima e executiva na unidade de negócios com foco no segmento de energia da Climatempo. Ela conta que, além de abordar os desafios das mudanças climáticas, os encontros periódicos do Comitê compartilham conhecimentos, promovem a inovação e ampliam a rede de contatos e parcerias em prol do desenvolvimento sustentável, como foco na atuação direta no ODS 13 – Ação contra a Mudança Global do Clima.
Atualmente, o Comitê do Clima conta com a participação de importantes órgãos do setor como a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), além de empresas de diferentes segmentos de energia como a Eletrobrás, EDP, Alupar, Engie, Comerc, GHM Solutions, Carbono Zero, ISA CTEEP, Evoltz, Electy, Donna Lamparina, Concert, Ecom Energia e Unicoba. ONGs e acadêmicos também participam.
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Exemplos de ações voltadas à mitigação e adaptação às mudanças climáticas fomentadas dentro do Comitê são as da ISA CTEEP, que atua no segmento de transmissão de energia. A empresa compartilhou cases e estudos aprofundados, realizados em parceria com a Climatempo, que identificaram as características climáticas de suas áreas de atuação e potenciais riscos, como ventos frequentes e extremos que podem interferir na transmissão de energia via queda de torre ou perturbação física nos fios. Além disso, os estudos de análise da ocorrência de queimadas em trechos mais críticos das linhas para que a empresa se antecipe e mantenha sua eficiência operacional.
Outras empresas compartilharam suas estratégias e metas via comitê para a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) como a EDP, que estabeleceu, em seu relatório de sustentabilidade de 2022, a matriz que prioriza a promoção da energia renovável e trabalha com indicadores ODS para mitigar as mudanças climáticas no Brasil. Engie e GHM Solutions apresentaram, da mesma maneira, suas metas ambiciosas, demonstrando um compromisso conjunto em enfrentar os desafios climáticos.
Também foram recorrentes nas discussões do Comitê as dificuldades enfrentadas pelas empresas para a obtenção de financiamentos para projetos climáticos e os obstáculos a serem ultrapassados por conta da complexidade do ambiente regulatório brasileiro.
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Adicionalmente, o comitê discutiu a importância de definir indicadores claros e mensuráveis para monitorar o progresso em direção às metas climáticas. Empresas como Carbono Zero e Vitális Energia compartilharam metodologias e cases práticos com relação aos indicadores de desempenho ambiental e os resultados alcançados até o momento. Esses indicadores incluem a quantidade de CO2 evitado, a proporção de energia renovável na matriz energética e a eficiência energética das operações, fornecendo uma visão abrangente do impacto das ações climáticas.
A fim de consolidar todas as ações dos participantes voltadas à redução das emissões de gases do efeito estufa em um único documento, o Comitê do Clima está preparando um relatório que será lançado no próximo dia 25 de julho, quando ocorre o segundo encontro, que passa a agregar o setor do Agronegócio, denominado II EMSEA (Encontro Nacional de Mudanças Climáticas para o Setor de Energia e Agronegócio).
“Desta forma, iremos mapear o impacto positivo deste movimento dentro do setor de energia nacional como um todo. Pretendemos levar este relatório para dentro da COP 30 no Brasil, com o objetivo de contribuir com as ações de combate ao aquecimento global”, afirma Lara Marques.