Em virtude do aumento da produtividade na safra anterior, a expectativa da Usina Lins para a safra 2023/24 é de uma moagem de 4,25 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
“Será a maior safra da nossa história. E isso deve-se a um aumento de produtividade do canavial na safra 2022/23, quando nós processamos 3 milhões 620 mil toneladas. Então com 4.250, a gente chega na nossa maior safra“, informou o diretor industrial da unidade, André Teixeira.
Segundo ele, a usina tem uma capacidade de processamento estimada em 4,5 milhões, e vem numa curva ascendente de moagem que deve se consolidar nós próximos anos.
“Temos hoje um mix mais voltado para açúcar e desde a safra passada nós partimos para a planta de levedura seca, um novo produto que entra no nosso portfólio assim como açúcar e etanol“, disse Teixeira.
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O investimento em tecnologia, também vem se consolidando como importante estratégia, contribuindo para o aumento da produtividade.
De acordo com Alex Pupin, diretor administrativo, após um acordo com a empresa operadora de telefonia, a usina investiu em quatro Torres de 4G adicionais, ampliando a conectividade da Central de Operações Agrícolas (COA).
“Já levamos 4G recentemente para 92% de nossas áreas. São 11 cidades nas áreas rurais que vão ser atendidas pelo 4G, beneficiando não só a usina, como também a comunidade, além de tornar nossa COA mais efetiva”, disse.
Um dos pilares da Usina Lins é buscar soluções que antecipam tendências para o negócio.
“Construímos toda uma nova cultura na empresa a partir dos anos de 2020/21 e um dos valores fortes que a gente trouxe para dentro é a inovação. Estruturamos uma gerência de inovação e criamos o Inova UL, que é um programa que recepciona a ideia de colaboradores”, explicou o diretor.
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Segundo ele, em um ano e meio de programa, já tem 410 ideias recepcionadas e cem ideias aprovadas, que incluem diversas melhorias de performance e produtividade.
“Tudo isso passa por um filtro, a gente coloca em operação e acompanha. Então traz uma dinâmica nova para o negócio no sentido de que nós temos 2.300 colaboradores, ou seja, são 2.300 cabeças que podem pensar e pode contribuir com o negócio. E tem até uma frase que a gente gosta muito: ‘inovador é aquele que sente a dor’. Então se ele tá sentindo uma dor lá na operação e no processo dele, ele pode e tem liberdade para falar e para dar ideia e a gente pensar isso junto, para melhorar o processo da produtividade da empresa”, explica Pupin.